O Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco (TRT-PE) marcou audiência de conciliação entre rodoviários e empresários de ônibus para as 11h desta quarta-feira (15), na sede do órgão, no Cais do Apolo, Centro do Recife. Será a última tentativa de acordo antes que seja instaurado dissídio coletivo.
Caso não haja entendimento, os desembargadores vão julgar a legalidade do movimento e as cláusulas econômicas da campanha salarial.
Motoristas, cobradores, fiscais e despachantes reivindicam 12% de reajuste salarial e aumento do tíquete-alimentação de R$ 188 para R$ 300. Os empresários oferecem aumento salarial de 9,5% e reajuste do tíquete para R$ 220.
“O que está pesando mais é o valor do tíquete, pois no ano passado foi dado um presente à categoria e tomado, todos ficaram muito insatisfeitos, mas confesso não acreditar que cheguemos aos R$ 300”, afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benílson Custódio.
No dissídio de 2014, o TRT-PE concedeu reajuste de 75% no valor do tíquete e 10% no salário, decisão cassada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que chegou a reduzir o aumento salarial para 6% e depois manteve todos os percentuais de reajuste em 10%.
O presidente do sindicato das empresas (Urbana-PE), Fernando Bandeira de Melo, acredita que o dissídio dificilmente será favorável aos empregados. "Eles descumpriram a determinação de manter 70% da frota em circulação, promoveram piquetes e depredações, prejudicaram a população", alega.