Chuva não afasta devotos de Nossa Senhora do Carmo

Basílica amanheceu lotada de fiéis. Comércio nos arredores Pátio do Carmo também está aquecido
Amanda Duarte
Publicado em 16/07/2015 às 12:38
Basílica amanheceu lotada de fiéis. Comércio nos arredores Pátio do Carmo também está aquecido Foto: Foto: Amanda Duarte/JC


A quinta-feira (16) nublada e com pancadas de chuva não atrapalhou os devotos de Nossa Senhora do Carmo. Com missas celebradas de meia em meia hora desde as 5h, a Basílica e o Pátio do Carmo, na Av. Dantas Barreto, Centro do Recife, ficaram lotados. As missas seguem até 13h30. A última celebração do dia será comandada às 15h pelo arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. Para atender a comunidade católica, a Basílica convocou 12 padres, que devem ouvir as confissões.

Dentre os fiéis, há quem chegou pela manhã e vai permanecer na Basílica até a procissão, marcada para as 16h30, como a costureira Eliane Siqueira, de 59 anos. Ela é devota da santa desde os 15 e acompanha o cortejo todos os anos. "Este ano eu vou até Olinda com Nossa Sra. do Carmo, agradecendo e fazendo pedidos também. E depois de chegar lá eu posso ir andando para casa", brinca. A procissão segue até a Igreja do Carmo, o mais antigo santuário dedicado a santa na América Latina. 

Os fiéis, estimados em 100 mil pessoas pelo reitor da Basílica do Carmo, Frei Darcio de Azevedo, também aqueceram o comércio de produtos religiosos. No Pátio do Carmo e arredores, as barracas e ambulantes se multiplicaram. Trabalhando na região desde o dia 6 de junho, data do começo dos festejos, Sérgio Inácio da Silva, 37, espera alavancar as vendas no dia da padroeira do Recife. "Eu vendo mais ou menos mil rosas amarelas por dia, mas a minha expectativa hoje é alcançar o dobro", afirma. Cada rosa custa R$ 2. 

A religiosidade explica as vendas: Nossa Senhora do Carmo também é conhecida como Virgem do Carmelo. "Carmelo significa campo de rosas, então os fiéis compram flores para deixar no altar e homenagear a santa", esclarece a religiosa Maria Auxiliadora Silva, 52. Ela ainda afirma que os rosas mais populares são as amarelas e brancas porque são as cores da padroeira. Depois das flores, terços, escapulários e imagens da santa são as escolhas mais populares dos devotos.

Para além dos recifenses, a devoção por Nossa Senhora também atinge quem nasceu em outros estados. A amazonense Terezinha Simões, 64, veio para a capital pernambucana com 17 anos e começou a adorar a santa pela identificação com a cidade e com as tradições. "Eu só posso agredecer a Mãe do Carmelo por minha vida ter dado certo aqui em Recife. Hoje tenho duas filhas que são devotas também", conta emocionada. 


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