Médicos pernambucanos continuam investigando os casos de microcefalia notificados no Estado, na busca de uma explicação para o surto e de definir qual a prevenção a ser adotada. “Estamos observando tudo, infecção congênita, causas infecciosas, fumo, álcool, uso de drogas ilícitas e contato com agrotóxicos, para fazer um protocolo amplo e isento”, declara a chefe do Setor de Infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Ângela Rocha.
A microcefalia, explica a médica, é caracterizada pelo tamanho da cabeça menor do que normal. “O diagnóstico é dado a bebês que nascem a termo (gestação completa), com perímetro cefálico igual ou menor do que 33. E aos prematuros com dois desvios padrão abaixo do esperado”, explica Ângela Rocha. Até agora, pelo relato das mães, não é possível estabelecer um padrão para a anomalia.
“Algumas lembram que tiveram manchas no corpo em algum período da gravidez, outras contam que sentiram uma moleza, outras não sentiram nada”, diz a médica. Isso vale para a capital, o Grande Recife e o interior. Os 141 casos registrados estão distribuídos em 42 municípios. “A tomografia é fundamental, é o exame que faz o retrato do cérebro do bebê”, reforça.
Boletim sobre os casos de microcefalia no País será divulgado nesta terça-feira (17), pelo Ministério da Saúde. A Secretaria Estadual de Saúde também atualizará as notificações.