Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas no inquérito que apura a execução de Luan Alípio Ramos, 19 anos, dentro de uma ambulância do Corpo de Bombeiros, no dia 20 passado. Suspeito de participar de uma tentativa de assalto a uma pizzaria no Ipsep, Zona Sul do Recife, em que um policial militar saiu ferido, Luan foi morto quando era socorrido para o Hospital da Restauração, após ter sido baleado pelo PM.
O delegado Paulo Furtado, que comanda as investigações, diz que o caso é complexo e tem exigido muitas diligências. “São várias metodologias, não só ouvidas”, salienta. Diante disso, ele afirma não saber ainda se vai concluir o inquérito dentro do prazo de 30 dias, embora considere as investigações “a contento”.
O crime foi praticado por quatro encapuzados, que mandaram o médico, o socorrista e o motorista descerem antes de atirar contra Luan. A ambulância deveria estar sob escolta policial, mas não estava. O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, considerou o caso "uma afronta ao Estado".
O PM levou três tiros, passou por cirurgia e continua internado na UTI do HR, mas está consciente e estável.