O pai da menina Beatriz Angélica, 7, assassinada em dezembro de 2015, pediu para que o retrato falado do criminoso, divulgado amplamente no ano passado, seja totalmente desconsiderado. Segundo ele, a imagem 'pode ser de qualquer pessoa', é inconclusiva e pode levar a erros durante as investigações.
"Essa pessoa do retrato pode ser qualquer um. É uma personalidade genérica, que se parece com qualquer pessoa. Por causa dela, apareceu gente do País inteiro sendo denunciada", afirmou Sandro Romilton durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (16).
Para ajudar na elucidação do crime, estão sendo utilizadas imagens de câmeras de segurança, melhoradas por meio de uma empresa da Região Sudeste do País. "Foram cerca de 40 câmeras analisadas. Já temos a imagem da pessoa que conseguiu tirar a minha vida, a vida da nossa família", disse o pai de Beatriz.
Algumas características físicas do assassino também foram reveladas durante a coletiva. Segundo Sandro, o homem apresenta sinais de calvície, queixo fino, braços finos e, no dia do crime, apresentava um problema em uma das pernas.
"Não sabemos se ele tem algum tipo de deficiência ou se era algo momentâneo. Ele tem entradas muito acentuadas de calvície, pouco comuns, corpo de uma pessoa que se cuida pouco, pernas e braços finos. É uma figura pouco comum", declarou Sandro.
Antes de assassinar a menina Beatriz Angélica, 7, em dezembro de 2015, o criminoso abordou outras duas crianças - ambas meninas. Essa informação foi repassada pelo pai da criança, Sandro Romilton, durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (16), em Juazeiro, na Bahia. Ele ratificou a afirmação da delegada Gleide Ângelo, que disse acreditar que Beatriz foi escolhida aleatoriamente pelo criminoso.
"Ele abordou outras crianças. Como não conseguiu com elas, mudou o método de abordagem e chegou até minha filha. Infelizmente, não foi feito exame toxicológico no corpo dela para precisarmos se ele usou algum tipo de entorpecente, mas provavelmente, sim", declarou Sandro.
Um ano e três meses após o assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, aos 7 anos, durante uma festa de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, a delegada Gleide Angelo, que assumiu o caso no ano passado, chegou a imagens que revelam a identidade visual do suspeito. O apelo de Gleide agora é pela identificação do nome, endereço ou qualquer outra informação que possa levar a polícia até o encontro do homem, que teria esfaqueado a criança com 42 golpes na noite do dia 10 de dezembro de 2015.
Em vídeo, a delegada apela para que as pessoas se comuniquem com a polícia por meio dos mais diversos canais e ajudem a conseguir alguma resposta à família 'já tão sofrida' da garota. "O que a polícia precisa agora é da ajuda da população. O que a gente pede a vocês é que, por qualquer canal, ouvidoria, Disque-Denúncia, WhatsApp, quem tiver alguma informação que nos leve até o suspeito, entre em contato. Nós já temos o rosto, precisamos que a população nos ajude a identificar."
Por meio do Disque-Denúncia, uma recompensa será ofertada a quem contribuir com informações sobre o suspeito. O pagamento, para quem tiver alguma informação relevante para a polícia, será de R$ 10 mil.
As novas investigações chegaram à identidade visual do acusado após melhorarem as imagens de câmeras de segurança, por meio de uma empresa da Região Sudeste do País. A polícia trabalha com a hipótese de que o homem estava em busca de qualquer criança para cometer o crime. O suspeito teria escolhido Beatriz e assassinado a garota com 42 facadas na escola onde ela celebrava com a família a formatura da irmã.
Até o momento, as investigações apontam que a criança foi morta a facadas durante uma festa de formatura do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Ela havia pedido para beber água e, cerca de 30 minutos depois, foi encontrada sem vida no depósito de materiais esportivos da escola, junto com a faca que teria sido utilizada no crime. Beatriz morava na Bahia com a família e participava da festa de formatura da irmã. O pai dela é professor no colégio. A polícia já havia feito, desde o dia do crime, 65 exames comparativos de DNA e todos deram negativo.