Com a chuva desta quinta, Olinda registrou pontos de alagamentos

As chuvas de abril têm castigado as cidades da Região Metropolitana do Recife desde o início do mês. Apenas na madrugada e na manhã desta quinta-feira (13), a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) registrou 80 mm na capital pernambucana, das 23h dessa quarta a 11h de hoje.  Apenas em Olinda foram 47 mm de nível pluviométrico nas últimas 24h (o que corresponde a cerca de 15% para o mês inteiro). 

Moradores que vivem às margens do Canal do Fragoso, em Olinda, que ano passado, neste período, transbordou e invadiu casas, causando transtornos e prejuízos à população, estavam apreensivos com a chuva. Maria José da Conceição, 53, observava da calçada de sua residência as águas do canal que, em março de 2016, chegaram a quase um metro dentro de casa. ”Esse ano, a água ainda não entrou, mas a gente tá na expectativa. Ninguém merece passar a Semana Santa com água dentro de casa, né?”, questionou a diarista, ao lado do filho de 12 anos, com quem mora.

Muita água, mas poucos problemas

Bairros de Jardim Fragoso, Ouro Preto, Bultrins, Peixinhos e Jardim Brasil registravam alguns pontos de alagamento em ruas e avenidas, mas sem grandes dificuldades de passagem para os motoristas. Na rua Antônio da Costa Azevedo, em Jardim Brasil II, o trecho em frente à garagem da empresa Caxangá, tinha um grande acúmulo de água, o que obrigou os condutores a atravessarem a via devagar. Na Avenida Carlos de Lima Cavalcanti, no cruzamento com a Avenida Chico Science, bairro dos Bultrins, muita chuva se acumulou, mas motos e carros passavam com certa tranquilidade.

“Moro aqui há 40 anos e sempre fico com medo quando chove. Entra água nas casas, alaga tudo. É um transtorno”, disse o aposentado Jorge José Monteiro, que vive em frente ao Canal Ouriço do Mar, bairro de Ouro Preto.

De acordo com a Apac, em Olinda ainda está previsto para chover mais durante o dia. Para todo o mês de abril, são esperados 321 mm. Segundo a Defesa Civil do município, as chuvas não provocaram deslizamentos, mas movimentação de massas no bairro de Águas Compridas.