Bombeiros buscam banhista que se afogou no mar de Boa Viagem

O banho de mar na Praia de Boa Viagem, na tarde deste domingo (20), foi de medo e aflição para um grupo de banhistas que acabou se afogando, na altura do posto 8, em frente ao hotel Vila Rica, na Zona Sul do Recife. De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma outra pessoa, de 23 anos, que também se afogou, ainda permanece desaparecida. As buscas, iniciadas por volta das 15h, foram interrompidas por conta da falta de visibilidade e agitação do mar. A previsão é de que o trabalho seja continuado nesta segunda-feira (21).

As informações iniciais dão conta de que quatro jovens entraram no mar, no período da tarde. Eles trabalhavam juntos em uma rede de lanchonetes e estavam confraternizando na praia. Todos, segundo os Bombeiros, acabaram sendo "capturados" por uma vala. Antonio de França, Rafaela dos Santos, 20 anos, e Neyvson de Santana, 19, conseguiram ser resgatados ilesos por volta das 15h. Um quarto, identificado como Eronildos Francisco da Silva, de 23 anos, não teve a mesma sorte e segue desaparecido.

Apenas Neyvson sabia nadar. "Tudo aconteceu muito rápido. Assim que entramos no mar, fomos puxados pela correnteza. Eu tentei ajudar a salvar Rafaela. Os outros já estavam muito distantes", relatou. Neyvson conseguiu sair sozinho.  O pescador Agatangelo Peixoto, 53 anos, que passava no local, também entrou no mar e contribuiu para o salvamento. Ele utilizou uma tampa de caixa de isopor para ajudar Rafaela. "Eu percebi que eles estavam se afogando e corri para ajudar quem apresentava mais dificuldade. Peguei uma tampa de isopor com barraqueiros da praia e corri", comenta.

No fim, os bombeiros conseguiram retira Antonio e Rafaela do mar. Já Eronildos não apareceu. A corporação iniciou o resgate com a ajuda de jetskis e helicóptero. Como Eronildos ainda não foi encontrado, aguardou-se a chegada dos mergulhadores. As buscas foram interrompidas no início da noite, com a previsão de retomada do trabalho nesta segunda-feira.

Valas no mar

As valas são formadas pelas correntes de retorno, que geralmente ocorrem quando as ondas quebram, empurrando a água acima do nível médio do mar. "A área onde eles estavam é perigosa. Aqui, há formação de muitas valas. Uma dupla de salva-vidas fica aqui de prontidão, devido a esses riscos. Assim que avistaram o grupo entrando no mar, se aproximaram para pedir que saíssem. Mas eles foram rapidamente puxados pela correnteza", afirma o capitão do Corpo de Bombeiros, Lamartine de Melo.