O Porto Digital é o vencedor da 30ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), numa nova categoria que reconhece iniciativas de gestão compartilhada do patrimônio cultural. Ele concorreu com as ações de recuperação de prédios antigos que vem desenvolvendo desde 2001 e disputou com outras 11 iniciativas nacionais do gênero. Foram 296 inscritos em quatro categorias, 68 finalistas e os oito vencedores (dois por categoria) receberão R$ 30 mil, cada.
“É um grande reconhecimento para uma área específica do Porto Digital, que talvez seja menos percebida pelas pessoas. O parque não é só negócios em tecnologia, também é instrumento de transformação de áreas históricas, por isso esse prêmio tem um significado muito especial e estamos muito felizes”, comemora Leonardo Guimarães, arquiteto e diretor-executivo do Porto Digital.
Em 16 anos, o parque tecnológico restaurou oito imóveis no Centro da cidade – sete no Bairro do Recife e um em Santo Amaro – e tem mais cinco projetos em andamento. O primeiro prédio restaurado fica na Rua Bione, no Bairro do Recife, e abriga a sede do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.). Construído no século 19 para funcionar como galpão de armazenamento, o imóvel foi comprado pelo Núcleo Gestor do Porto Digital em 2001.
No último prédio restaurado e reaberto pelo Porto Digital (Rua do Apolo, 235), com patrocínio do BNDES, funcionam laboratórios de apoio ao Portomídia (salas de treinamento, auditório, galeria de artes digitais), o Laboratório de Objetos Urbanos Conectados (L.O.U.Co) e a Jump Brasil (aceleradora e incubadora de empresas). Era uma casa em ruínas, do século 19, originalmente usada como residência e comércio.