Refletindo um cenário nacional, o Recife não conseguiu atingir a meta de vacinar 90% das crianças de seis meses a menores de cinco anos contra a gripe, chegando a apenas 75% desse público, que é o principal alvo da campanha que se encerra nesta segunda, na capital. “Ainda é necessário um esforço de pais e responsáveis, pois dados do Ministério da Saúde mostram que a maior parte de internamentos que levam a óbito tem acontecido entre crianças”, alerta o secretário de saúde do Recife, Jailson Correia, convocando a população a melhorar a cobertura nessa faixa etária.
Das 8h às 17h, as unidades de saúde da família (incluindo as Upinhas), unidades básicas tradicionais e policlínicas estarão imunizando não só as crianças, mas os demais públicos prioritários, embora a meta global já tenha chegado a 95%. “As gestantes atingiram a meta no final, mas o grupo pediátrico ainda está distante em todo o Brasil. Muita gente acredita que porque vacinou no ano passado não precisa, mas tem que renovar”, observa o secretário.
A campanha se encerrou na sexta-feira, mas o Recife a estendeu pois ponto foi facultativo, por conta do jogo do Brasil. O empresário Jairo Brito, 40, levou a filha Júlia Brito, 3 anos, para se vacinar, na quinta. “No início da campanha ela estava meio doente e a gente preferiu não trazê-la porque ela estava bem frágil. Ainda bem que estenderam o prazo”, declarou.
Jailson Correia informa que um resfriado comum não é motivo para deixar de levar as crianças ao posto. “Se houver febre é esperar passar e levar no outro dia, mas coriza e outros sintomas não são contraindicação, apenas alergia grave a ovo”, destaca.
Ainda hoje a secretaria fará uma avaliação da cobertura vacinal infantil, podendo adotar novas ações para estimular a imunização. “Enquanto houver estoque de doses, vamos priorizar os grupos-base”.
O Ministério da Saúde preconiza que, encerrada a campanha, as doses restantes devem ser estendidas para crianças de até 9 anos e pessoas de 50 a 59 anos. O público-alvo é formado ainda pelas pessoas com mais de 60 anos, gestantes, puérperas, trabalhadores de saúde e professores das redes pública e privada de ensino. Jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (comorbidades, quando há duas ou mais doenças simultâneas) também precisam ser imunizados.