Se meu fusca falasse... poderia ser o título da exposição que formou duas filas de carros antigos estacionados na Avenida Marques de Olinda no Bairro do Recife neste domingo (30/06). Carros dos anos 70, 80 e 90 deram mais um colorido especial ao local. Até dois Karmann Guias estavam por lá. “A nossa previsão é de que cheguem 200 carros até o final do dia”, diz o presidente do Clube do Fusca de Pernambuco, Júlio Valença. A finalidade da exposição é celebrar o Dia Mundial do Fusca, que foi no último dia 22. “As pessoas estavam viajando por causa do feriado do São João e, por isso, adiamos o evento”, conta Júlio.
Segundo ele, a exposição tem veículos vindos de Caruaru, Camocim, Igarassu etc. “Cada carro tem um estilo, mas os que têm placa preta são de colecionador. Também estão expostos os derivados do Fusca. E vão participar os integrantes dos clubes do Puma, do Santana e dos automóveis antigos”, conta Júlio. Cada proprietário de carro também traz dois quilos de alimentos que serão doados a uma instituição de caridade.
Um dos fuscas que chamava a atenção era o Teti. “Tenho ele há 22 anos. Já me ofereceram a troca um carro novo, mas não quis. Quando comprei, desmontei todinho, tirei a ferrugem e montei de novo”, conta o proprietário do Fusca Teti, o encarregado financeiro Flávio Eduardo Teti. Ele alega que o fusca é uma das coisas que faz passar as dores de cabeça que aparecem pela vida. “Quando estou de cabeça quente, vou dar uma volta no fusca”, conta.
O fusca Teti tem duas cores: verde perolizado - no mesmo tom do usado pela empresa Audi – e prata, colocada nas laterais do veículo, com as mesmas especificações da usada pela Ferrari, marca famosa de automóvel. “Uma pessoa me passou as especificações da tinta prata da Ferrari e mandei colocar no fusca. Já tentei vender o carro, mas não consegui. As pessoas pedem pra tirar foto com o veículo e a gente gosta dessa curtição”, resume Flávio, que tem muito zelo com o seu fusca dos anos 80. Ele já gastou R$ 35 mil no veículo com melhorias, como por exemplo um ar-condicionado. “O carro tem tudo”, diz com satisfação, alegando que só gosta de veículo velho, porque os novos “parecem de plástico”.