Fortes chuvas deixam rastro de mortes e destruição no Grande Recife

As chuvas torrenciais trouxeram junto com elas dor e sofrimento para as famílias das 12 pessoas mortas após a queda de uma árvore e deslizamentos de barreiras
Marcelo Aprígio
Publicado em 24/07/2019 às 13:40
Foto: Foto: Cortesia


Atualizada à 0h34 em 25/07/2019

As fortes chuvas que atingem a Região Metropolitana do Recife (RMR) desde a tarde dessa terça-feira (23) deixaram rastro de destruição por onde passaram e trouxeram junto com elas dor e sofrimento para as famílias das 12 pessoas mortas após a queda de uma árvore e deslizamentos de barreiras, entre a madrugada e a manhã desta quarta-feira (24). 

De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), as chuvas devem diminuir nesta quinta-feira (25). Somente nesta quarta-feira, foram registradas quatro mortes em Olinda, cinco em Abreu e Lima e três no Recife.

 Em um dos imóveis atingidos em Abreu e Lima, estava Adalmir Ferreira dos Santos, de 53 anos, que teve o corpo encontrado no início da manhã desta quarta-feira (24). Na outra casa morava uma família. O pai, Silvano da Silva, 49, e um dos filhos, Luiz Henrique da Silva, 15, foram encontrados sem vida. A filha, identificada como Mariana da Silva, 19, chegou a ser resgatada, mas morreu a caminho do hospital. A mãe, Hariana Xavier, 39, também foi encontrada com vida e encaminhada ao Hospital Miguel Arraes. Maria Eduarda da Silva, 21 anos, filha mais velha do casal e grávida de oito meses, foi encontrada morta no fim da noite desta quarta-feira (24). Segundo o marido, ela havia ido passar a semana na casa dos pais.

Alagamentos

Devido às chuvas, diversas ruas amanheceram alagadas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a BR-101, no bairro da Guabiraba, no quilômetro 61, ficou alagada nos dois sentidos. Na Zona Sul do Recife, a Avenida Mascarenhas de Morais registrou diversos pontos de alagamento, nos dois sentidos. Na Zona Oeste, na Avenida Doutor José Rufino, perto do Colégio Visão, teve bastante acúmulo de água na via. 

Em Olinda, diversas ruas ficaram alagadas. A PE-15, na Cidade Tabajara, ficou bastante alagada, assim como Jardim Atlântico. Por causa dos alagamentos, os terminais integrados de Pelópidas Silveira e de Igarassu tiveram a operação comprometida. Confira a íntegra da nota enviada pelo Grande Recife Consórcio de Transporte. 

Em virtude das fortes chuvas que caem na Região Metropolitana desde a madrugada desta quarta-feira (24), o Grande Recife informa que o início da operação nos terminais integrados de Pelópidas Silveira e Igarassu foi comprometida. Pontos de alagamento se formaram na PE-15, na altura de Cidade Tabajara; na BR-101, próximo à Guabiraba; e na Caxangá, em frente ao TI CDU e no cruzamento com a BR-101, o que tem dificultado a passagem das linhas nestas regiões. Desde cedo, equipes do Consórcio estão nas ruas monitorando a operação e fazendo os devidos ajustes.

Segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), equipes com 200 agentes e 140 orientadores de trânsito atuam nas áreas que foram afetadas pela chuva no Recife. 

Trotes

Mesmo em meio a tanto sofrimento, o número de trotes chama a atenção. No plantão da terça e da quarta-feira do Samu foram registrados 41 trotes. Quase o dobro do número número de ocorrências em que foram enviadas ambulâncias (22). Ao ligar para comunicar uma falsa denúncia, o passador de trote rouba a oportunidade de socorro de uma pessoa que realmente precisa da ajuda do Samu. O preço da brincadeira pode custar uma vida.

Durante as férias escolares, nos meses de julho e janeiro, aumenta o alerta em relação às chamadas na central de teleatendimento do Samu do Recife.

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