Projeto 'Nos Pés do Baobá' cobra melhorias na praça Campo Santo, em Santo Amaro

O projeto, criado por religiosos de matriz africana, traz atrações culturais e denuncia descaso na praça em que está situado o baobá, importante árvore para a cultura negra
JC Online
Publicado em 21/11/2019 às 12:57
O projeto, criado por religiosos de matriz africana, traz atrações culturais e denuncia descaso na praça em que está situado o baobá, importante árvore para a cultura negra Foto: Foto: Reprodução / Google Street View


Uma árvore imponente, milenar e mística. Chamada de “árvore da vida”, o baobá, de origem africana, será cultuado em Recife nesta semana que marca o Dia da Consciência Negra. A árvore em questão fica na praça do Campo Santo, no bairro de Santo Amaro, na Zona Norte do Recife, e será uma espécie de palco para o projeto “Nos Pés do Baobá”, que reúne, nesta quinta-feira (21), sexta-feira (22) e no sábado (23), uma série de eventos gratuitos para louvar a ancestralidade afro e denunciar o descaso com uma das praças mais antigas da cidade.

Serão dois dias de programação, começando na quinta (21) com contação de histórias no período da manhã e com um espetáculo de dança no Teatro Marco Camarotti, também em Santo Amaro, durante a noite. Já no sábado (23), último dia do evento, está programada uma mesa de debates sobre a simbologia da árvore africana, além de uma performance cultural, se encerrando com um cortejo até os pés do baobá, a partir das 18h30.

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Denúncia

O principal objetivo do projeto é denunciar a situação da Praça do Campo Santo, que se encontra abandonada pelo poder público. Um dos organizadores do “Nos Pés do Baobá”, Anderson França, diz que o espaço precisa de ajuda: “A praça está completamente abandonada, jogada às traças, cheia de lixo. Queremos chamar a atenção para essa localidade, fazer um levante”, explica.

O baobá da Praça do Campo Santo foi plantado em 2006 no lugar de uma outra árvore do mesmo tipo que foi destruída nos anos 80 pela falta de cuidados e pelo vandalismo. Os moradores temem que a história volte a se repetir e, por isso, reforçam a mobilização em um ato de resistência.

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