O poeta Manuel Bandeira escreveu sobre os maracatus: "De repente, na esquina da rua da Aurora, me vi quase no meio de um formidável maracatu. De que nação seria? Porto Rico? Cabinda Velha? Leão Coroado? Não me lembra. Dos melhores era, a julgar pelo apuro e dignidade do rei, da rainha e seu cortejo – príncipes, damas de honra, embaixadores, baianas".
Umas das principais manifestações culturais País, reconhecido como Patrimônio Imaterial Brasileiro desde 2014, o maracatu é dividido em dois tipos: o maracatu de baque virado ou nação - sobre o qual escreveu Manuel Bandeira - e o maracatu de baque solto ou rural. O primeiro usa principalmente instrumentos de percussão e mantém maior fidelidade às heranças africanas. O maracatu de baque solto incorporou ao seu cortejo elementos indígenas e instrumentos de sopro.
Sobre a música do maracatu rural a que assistira, o poeta pernambucano ainda afirmou: "música que mal parecia música, – percussão de bombos, tambores, ganzás, gonguês e agogôs, num ritmo obsessor, implacável...".