Atualizada às 11h08
Os foliões que foram ao Marco Zero, no Centro do Recife, na noite dessa segunda-feira (8), sofreram com problemas de mobilidade e violência. Diversas pessoas utilizaram a página do Jornal do Commercio no Facebook para criticar o transporte público e a segurança do evento.
A foliã Cecilia Guimarães, que foi ao Marco Zero assistir aos shows da Nação Zumbi e O Rappa, aprovou as apresentações, mas criticou a mobilidade no Carnaval. Ela precisou andar até o Forte das Cinco Pontas para conseguir pegar um táxi. "Como não conseguem organizar um corredor para ônibus e outro para táxi?" questionou.
Para Beatriz Veiga, houve falta de preparo para comportar o evento. "Chegar ao Recife Antigo e ir embora depois dos shows foi uma provação", afirmou. A foliã precisou andar até o bairro da Boa Vista para conseguir um táxi e voltar para casa.
A estudante Thatiany Lucena destacou a quantidade de pessoas que estavam esperando ônibus no Terminal do Cais de Santa Rita. "Cheguei no Terminal às 2h, tinha muita gente, por sorte, foi na mesma hora em que o ônibus que eu ia pegar chegou e eu consegui entrar. Também vi muita gente usando drogas dentro do ônibus, faltou policiamento", afirmou.
Em nota, o Grande Recife informou que, devido ao grande engarrafamento nas Avenidas Sul e Martins de Barros, alguns ônibus não estavam conseguindo chegar nem sair do Terminal do Cais Santa Rita. Muitas viagens deixaram de ser realizadas.
Confira a nota na íntegra:
O Grande Recife informa que devido ao grande engarrafamento, ocasionado por carros de passeio, nas Avenidas Sul e Martins de Barros, os ônibus que estavam operando para garantir ao usuário a volta para casa, não estavam conseguindo chegar nem sair do Terminal de Santa Rita. Dessa forma, muitas viagens deixaram de ser realizadas, tanto nas linhas dos bacuraus, quanto as do início de operação (que acontecem por volta das 4h30).
Algumas pessoas também relataram casos de violência. "Vi pessoas consumindo todo tipo de droga pesada, muita briga, roubos e arrastões", disse o folião Erick de Souza. Outra internauta afirmou que "insegurança" definiu a noite dessa segunda-feira (8), no Recife Antigo. "Brigas nas ruas, brigas nos transportes públicos, um caos total para conseguir um táxi, fora o transtorno no trânsito", completou Cris Ferreira.
Na manhã desta terça-feira (9), garis limpavam as ruas do Recife Antigo e os ambulantes contavam os prejuízos que tiveram com a violência. No encontro da Avenida Alfredo Lisboa com a Rua Vigário Tenório, barracas foram reviradas.
A comerciante Elizabeth Nunes disse, em entrevista à Rádio Jornal, que teve muito medo do que podia acontecer por causa dos tumultos. “ Se não fosse a polícia, não sei o que seria da gente”, afirmou.
Para o ambulante Arlindo Nascimento os problemas foram pelo policiamento insuficiente.“É difícil trabalhar nesses dias porque a gente nem consegue vender e ainda somos roubados.", disse.