Nascido em Santo Amaro, fez história no bairro de São José. Ganhou fama, viveu glórias, mas, nos anos 50, caiu no ostracismo. Na década de 80, renasceu pelas mãos da carnavalesca Luíza Ramalho e é hoje uma das grandes referências da folia pernambucana. Apesar do estandarte centenário, nunca teve sede própria. Em seus altos e baixos, uma coisa jamais faltou ao Clube Carnavalesco Misto Bola de Ouro: o amor ao frevo e ao Carnaval. É esse amor incondicional que move a agremiação, bicampeã do Carnaval do Recife.
Este ano, na garra e na superação, o Bola, como é carinhosamente chamado pelos seus componentes, está de novo na briga. Duelo de gigantes. Disputa na mesma categoria de outras lendas do Carnaval, como Clube das Pás e Vassourinhas.
A falta de uma sede faz o clube improvisar e transformar a residência dos dirigentes em barracão. Desde que dona Luiza morreu, em 2015, o clube levou seu quartel-general para a Bomba do Hemetério, bairro da Zona Norte do Recife que respira cultura e tradição.
Filho de dona Luiza, Robervaldo Ramalho é presidente do Bola de Ouro e assumiu a missão, deixada pela mãe, de manter o clube vivo e vitorioso. “Neste Carnaval 2017, passamos o ano empenhados em colocar nossa agremiação na rua com toda a glória que ela merece”, diz o carnavalesco. No segundo dia da série de videorreportagens “Ensaios de Carnaval”, o Bola de Ouro mostra o quanto o frevo está no sangue e é paixão para uma vida inteira.