A poucos dias do maior bloco a céu aberto do mundo, a agremiação faz ajuste finais para invadir as ruas do Recife com originalidade e irreverência neste Sábado de Zé Pereira (2). Serão seis horas de folia sob o embalo eletrizante do misto de ritmos carnavalescos, ao som de Gaby Amarantos, Margareth Menezes, Elba Ramalho e Fafá de Belém, que são algumas das grandes atrações do Galo da Madrugada.
[Confira ao final da matéria todas as atrações do Galo da Madrugada]
Os mais de dois milhões de foliões esperados no bloco seguirão os 30 trios que tomarão as ruas de pelo menos seis bairros do Recife, durante o Sábado de Zé Pereira, segundo divulgado em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (26).
A festa começa pontualmente às 9h, com a tradicional anunciação dos clarins e trombetas no carro alegórico que abre o desfile. Além deste, outros cinco carros exaltarão o tema "Frevo Mulher", que reverencia a força feminina na sociedade, onde estarão as mulheres homenageadas do evento: Lia de Itamaracá, Yane Marque, Fabiana Karla, Amelinha, e Léa Lucas.
No carro abre-alas, passistas de frevo e o tradicional Galo reverencia a alegria de Léa Lucas, uma das foliãs mais icônicas do carnaval recifense, acompanhada de ícones como a Mulher do Paço e a Mulher do Dia.
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A alegoria "Frevo Mulher", que carrega o tema do Carnaval 2019, com referências da canção de Zé Ramalho, tendo como inspiração a cantora e compositora Amelinha, é outra atração.
Logo em seguida, o desfile recebe a alegoria nome de "Oh, Bela", canção de Capiba, a atriz Fabiana Karla dá seu show de irreverência e alegria.
Jangadas, coqueiros e a tradicional ciranda compõem a "Ciranda de Lia", o carro que homenageia a Lia de Itamaracá.
O último carro desta sequência é o "Pernambucana de Raça", que se inspira na história de garra e resistência de Yane Marques, trazendo na montagem a referência das corredoras da Grécia Antiga.
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O trabalho de produção das alegorias começou com sete meses de antecedência, e se estendem até o dia anterior ao desfile, onde são feitos os últimos ajustes, segundo relata o cenógrafo Ary Nóbrega, que atua há quase 30 anos na equipe de montagem de estrutura dos carros.
Sobre o tema escolhido para este ano, o cenógrafo considera um dos mais difíceis. "Assim que soubermos quem seriam as homenageadas. inciamos as buscas sobre as histórias delas", diz Ary, que compôs a formação cênica de cada uma, juntamente com a equipe formada por 15 pessoas.
Entre alegorias, trios e foliões, o trajeto de seis quilômetros passa pelos bairros de São José, Santo Antônio, Coelhos, Coque, Cabanga, Boa Vista e Recife Antigo.
O primeiro ponto de partida é a Travessa do Forte, de lá, partem para a Rua Imperial, sentido Praça Sérgio Loreto. O destino final é a Rua do Sol, sentido Praça da República. Veja: