Homem morre atropelado na Linha Sul do metrô na véspera de Natal

O Instituto de Medicina Legal (IML) seguiu para o local e o fluxo de trens não foi afetado na Linha Sul
Do JC Trânsito
Publicado em 24/12/2015 às 8:45
O Instituto de Medicina Legal (IML) seguiu para o local e o fluxo de trens não foi afetado na Linha Sul Foto: Foto: Anderson Melo/ Rádio Jornal


Um homem morreu atropelado na Linha Sul do Metrô do Recife, entre as estações Cajueiro Seco e Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. O acidente ocorreru na manhã desta quinta-feira (24), véspera de Natal.

De acordo com moradores das imediações do metrô, o homem apresentava um comportamento alterado e tentou atravessar os trilhos, quando foi atingido pela composição. O acidente aconteceu por volta das 5h50. O funcionamento do metrô só foi normalizado às 9h, após a retirada do corpo dos trilhos.

O corpo da vítima, que não teve a identidade revelada, seguiu para Instituto de Medicina Legal (IML).

HISTÓRICO - Andar ao longo dos 39,5 quilômetros de trilhos do metrô do Recife é ter a sensação de que casos como a morte do garoto Max Mateus Antônio do Nascimento, 11 anos, ocorrida em novembro deste ano, podem se repetir a qualquer momento. Max foi atingido por um trem quando tentava resgatar uma pipa que tinha caído na linha férrea, na Comunidade do Coque, Ilha Joana Bezerra, área central da cidade. Pulou com facilidade um trecho danificado do muro que separa a comunidade da área dos trilhos e foi atropelado pela composição, por volta das 18h. O garoto faleceu pouco tempo após dar entrada no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, também na área central. De acordo com o Instituto de Medicina Legal (IML), a causa da morte foi traumatismo craniano. O caso será investigado pela Delegacia da Ilha Joana Bezerra.

Crianças e jovens teimando em se equilibrar sobre os muros da linha férrea, alguns empinando pipa, outros sumindo na área de circulação dos trens virou parte do cotidiano do metrô do Recife. Neste mês de dezembro, após o acidente do Max, um muro foi contruído no local.

Porém, em vários pontos da Linha Centro – que liga a área central do Recife aos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe – é possível ver placas de concreto derrubadas e ausência de arame farpado. 

Na Estação Santa Luzia, no bairro da Estância, também na Zona Oeste, o mesmo problema. Não poderia haver contraste maior com as diversas placas ao longo da linha que dizem “Perigo. Alta tensão. Não pular o muro”.

“Os mais novos pulam aí dentro para brincar mesmo. Mas os adolescentes e os mais velhos vão consumir drogas, todo mundo sabe disso”, relata o vendedor Janaildo Guimarães, que trabalha nas proximidades da Estação Ipiranga, no bairro de Afogados.

Em nota, a assessoria do Metrorec negou que os muros apresentem problemas e criticou a população que vive no entorno das linhas do metrô. “Existem inspeções periódicas no local. Assim que são detectadas quaisquer avarias nos muros, as equipes tentam sanar os problemas. Mas infelizmente, em várias áreas as pessoas derrubam insistentemente as placas e, devido à grande extensão da via, é impossível impedir essa atitude.”


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