Buracos, obras, alagamentos e grandes engarrafamentos. Um rosário de críticas. Está é a Avenida Cruz Cabugá na opinião de motoristas e transeuntes. A via é uma das principais rotas de acesso ao Centro do Recife, tanto para quem vem do subúrbio, quanto para quem sai das cidades de Olinda e Paulista.
Questionado sobre como era transitar pela Avenida, o microempreendedor José Neto foi taxativo: "dirigir na Cabugá está horrível". Ele passa pela via todos os dias e, de imediato, aponta a lentidão do tráfego como o motivo de tanto mal-estar. "O trânsito fica muito intenso por causa da velocidade dos veículos, devido aos buracos e trechos em obra", relata. Ainda segundo José, estes serviços são realizadas pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e contribuem para o agravamento da qualidade do asfalto da Avenida.
"Acredito que a Compesa tenha feito algum serviço de manutenção ou algo do tipo. A via ficou com buracos grandes, fazendo com que todos os veículos tenham que passar muito devagar. Pela manhã, chega a atrapalhar quem pega a Agamenon, ali no começo ", comenta o microempreendedor.
É justamente a má qualidade da via que preocupa o taxista Severino Luiz. "Ninguém pode andar rápido, porque cai nos buracos direto. E é uma 'buraqueira' por todo canto aqui", denuncia o taxista. Para Severino, a situação piora ainda mais quando chove. "Quando chove fica horrível, tudo alagado. Tudo cheio de água. A gente não pode passar porque é carro pequeno e a gente não sabe se tem um buraco grande na pista. Fica com tudo com medo de andar", explica o motorista.
O problema não atinge apenas os donos de carros. Quem anda de ônibus também reclama do trânsito da via. Vera Lúcia, de 50 anos, diz que perde três horas no congestionamento todos os dias. Ela mora no Ibura e trabalha em Olinda. "A gente que utiliza ônibus sofre porque tem que ir desse jeito, devagar quase parando, por causa desses buracos. A partir das 18h30, no percurso que eu faço, se eu largo às 18h, tô chegando às 21h", afirma.
Assim como José Neto e Severino, Vera questiona a qualidade do serviço realizado nas obras. "Não sei que trabalho eles fazem, acho que é um isopor. Parece uma areia e quando dá uma chuva já começa os buracos aparecerem", diz Vera.