Enquanto estava no local, a reportagem do Jornal do Commercio registrou vários motociclistas reclamando da demora na entrega da obra. Os gritos eram contantes. "Eu moro em Pau Amarelo e passo por esta ponte todo dia. A gente enfrenta muito engarrafamento, mas acho que vai melhorar com o fim da obra. Tava muito ruim, todo dia saía de 6h de casa para chegar às 9h. Trabalho em uma padaria em Jardim São Paulo. Eu antigamente ia de ônibus, de integração em integração, mas há oito meses comprei uma moto por causa do trânsito. Eu tinha que pegar dois ônibus e demorava muito", se queixou Geraldo da Silva, 38 anos, que trabalha com serviços gerais.
O mesmo sentimento tem Hugo Carapeba, 30, administrador, que transita todos os dias pelo trecho. "Acho que este fim da obra vai ser muito bom para todo mundo, apesar da demora. Antigamente eu demorava de 30 a 40 minutos para passar por aqui, mas agora acho que vai reduzir este tempo para cinco minutos", opinou.
No dia da inauguração da obra de duplicação da Ponte do Janga, contamos a história de Ana Lúcia Bernardo. Ela mora ao lado da ponte desde 1995 e viu as transformações que a cidade e o equipamento passaram ao longo dos anos pic.twitter.com/Iawy054bd7— JCTrânsito (@jctransito) December 13, 2019
O governador Paulo Câmara afirmou que ficou satisfeito com a entrega da obra e ressaltou que é preciso buscar melhorias contínuas na mobilidade do Estado. O político atribuiu o longo atraso na entrega do projeto ao momento econômico do País.
"É uma obra necessária, realmente durou mais do que nós gostaríamos. O momento de crise que passou o Brasil fez com que os investimentos públicos tivessem restrições, mas a gente conclui e agora é ver outras ações que possam ser concluídas para melhorar as condições de vida do povo de Paulista, de Olinda e toda RMR", ressaltou o governador.
O prefeito do município, Junior Matuto (PSB), também culpou a crise no Brasil pelo atraso da obra, mas afirmou que a população entendeu a situação. "O povo não perdeu a esperança e entendeu que era momento de crise. Os prefeitos e estados estavam preocupados em fechar as contas, em pagar a folha de pagamento, mas aí chegou o grande dia. Hoje, depois de 40 anos, temos uma obra de infraestrutura que vai mudar a realidade, não apenas do ir e vir das pessoas que moram aqui na região das praias, mas também na dinâmica da praia propriamente dita, do turismo que frequenta a praia do Paulista", argumentou.