Quarta-feira de trânsito e transtornos para população do Recife por conta do protesto dos enfermeiros

Com a Avenida Agamenom Magalhães parada, várias vias da cidade também ficaram congestionadas
Carolina Fonsêca e Rute Arruda
Publicado em 12/02/2020 às 16:25
Foto: Foto: Day Santos/JC Imagem


Profissionais de saúde voltaram a protestar, em frente ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área Central do Recife, nesta quarta-feira. Parando o trânsito da Avenida Agamenom Magalhães, um dos principais corredores do trânsito da capital pernambucana, desde às 8h30, a manifestação rende para o Recife trânsito quilométrico e diversas vias congestionadas em consequência do bloqueio da avenida. 

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Por conta disso, a população enfrenta transtornos e longas horas de espera no trânsito. A empregada doméstica Rosa Gomes, 50 anos, viu seu percurso para chegar no bairro de Barra de Jangada, que normalmente dura 50 minutos, passar de horas e não ter previsão para terminar. “Para vir foi tranquilo, ainda espero conseguir chegar em casa por volta das 18h. Na semana passada minha filha ficou presa no engarrafamento por conta do protesto. Ela desceu aqui (na Agamenon), andou até a Praça do Carmo (no bairro do Santo Antônio, área central da cidade) e pegou o ônibus lá. Mas eu não tenho condições de andar, então tem que esperar mesmo. Essa é a única rota que eu tenho para chegar em casa”, contou. 

Quem trabalha no trânsito viu sua rotina diária se transformar. Para o motorista de ônibus Carlos André, 41 anos, a chegada no terminal parece cada vez mais longe. “Este protesto está pior que os outros. Eu vou até a Joana Bezerra (terminal), a empresa dá duas horas para fazer esse percurso. Mas hoje vai dar umas três horas e meia”, lamentou.

Também preso no trânsito, o aposentado Geraldo Falcão, 73 anos, buscou rotas alternativas em aplicativos e não encontrou. Parado por mais de duas horas dentro do carro, ele refletiu sobre liberdade e direitos. “Dizem que a liberdade é quando você tem direito até um certo limite, quando chega no direito do outro, não é? Aqui eu não tenho direito. É liberdade?”, reclamou. Geraldo estava seguindo para o Hospital Santa Joana, também na área Central do Recife e tinha um compromisso às 16h. “Não sei se vou conseguir chegar”, disse.

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