Mais um passo para o início das obras da Ciclovia Agamenon Magalhães. Veja como está o projeto
Toda a ciclovia tem valor estimado em R$ 6,7 milhões - recursos do próprio município. A parte física da obra custará R$ 5,9 milhões
A Prefeitura do Recife escolheu, via licitação pública, a empresa que ficará responsável pela implantação da Ciclovia Agamenon Magalhães, uma das ciclovias mais pedidas e importantes para quem pedala não só na capital, mas em toda a Região Metropolitana do Recife.
A parte física da obra custará R$ 5,9 milhões. Toda a ciclovia tem valor estimado em R$ 6,7 milhões - recursos do próprio município. A diferença de valor é o custo da sinalização do equipamento. Quando anunciada, a Ciclovia Agamenon tinha previsão de começar a ser implantada em julho deste ano, com conclusão para o fim do ano.
A Prefeitura do Recife, no entanto, não informou quando a ordem de serviço do contrato será assinada, dando o start nos trabalhos. A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), responsável pela parte física da implantação do equipamento, limitou-se a informar, por email, que “a obra está em fase de contratação e será iniciada em breve”. Nada além disso.
Havia a informação extraoficial de que a implantação da Ciclovia Agamenon Magalhães seria suspensa. A razão? As chuvas que atingiram Pernambuco e especialmente a capital e a Região Metropolitana desde o fim de maio e que deixaram 129 pessoas mortas - 50 delas somente no Recife, a segunda cidade que mais teve vítimas.
A intenção da PCR era que, no momento, todos os recursos do município deveriam estar voltados para ajudar as famílias das vítimas fatais, aquelas que ficaram desalojadas e/ou desabrigadas, além da reestruturação das áreas atingidas.
Mas a gestão municipal não confirmou essa informação de adiamento, embora não tenha dado mais nenhum detalhes sobre o início da obra. A vencedora da licitação foi a empresa SBC - Sociedade Brasileira de Construções LTDA, cuja homologação foi publicada no Diário Oficial do Recife no dia 4/6.
CONHEÇA O PROJETO DA CICLOVIA
A Ciclovia Agamenon Magalhães terá quatro metros de extensão e começará na altura da Rua Leopoldo Lins, na Boa Vista (fim da Ciclovia Graça Araújo, na Avenida Mário Melo, em Santo Amaro). Será implantada no canteiro central da Agamenon e terá sentido unidirecional (único), de cada lado do canal, até as imediações do Hospital Português, no Paissandu.
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Além de fazer a conexão entre a área central e as Zonas Norte e Sul do Recife, a futura ciclovia da terá o mérito de criar um espaço seguro para quem pedala num dos eixos viários mais áridos e perigosos não só da capital, mas de toda a Região Metropolitana: o Complexo Viário Joana Bezerra, composto pelo Viaduto Capitão Temudo e a Ponte José de Barros Lima (mais conhecida como Ponte João Paulo II).
O equipamento terá três metros de largura, com guias de proteção entre as faixas de tráfego dos veículos e o espaço destinado às bicicletas. Nos cruzamentos, serão instalados gradis para a divisão da circulação com os pedestres.
A partir de lá, a ciclovia seguirá pela Ponte João Paulo II e pelo Viaduto Capitão Temudo de forma bidirecional (dois sentidos), na pista oeste da via (lado direito no sentido Olinda-Boa Viagem). Chegará até o Pina, pela Ponte Paulo Guerra, fazendo conexão com a ciclovia da Via Mangue.
O equipamento será compartilhado com os pedestres no trecho entre o início da Ponte João Paulo II e o início do Viaduto Capitão Temudo, no acesso à Ilha Joana Bezerra e ao Terminal Integrado Joana Bezerra. De lá até o Pina, entretanto, será apenas ciclovia.
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REDUÇÃO DAS FAIXAS DE ROLAMENTO
Os técnicos da prefeitura adotaram a mesma estratégia de Fortaleza (CE) para evitar polêmica com uma possível redução de espaço para a circulação dos automóveis. No lugar de retirar faixas de rolamento para os veículos, apenas reduzirão a largura das faixas de 3,30 metros para 2,90 metros, o que permitirá alargar em um metro o canteiro central da Agamenon Magalhães, que já tem dois metros.
Quando começarem, as obras serão coordenadas pela Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul), através da CTTU e da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb).
A Ciclovia Agamenon Magalhães tem custo estimado em R$ 6,7 milhões - recursos do próprio município. A diferença de valor é o custo da sinalização do equipamento. A previsão era de que os trabalhos fossem concluídos até o fim do ano.