A greve de advertência de 24 horas feita durante esta quarta-feira (27) por motoristas, cobradores e fiscais de ônibus do Recife provocou danos já no início da manhã. Embora a Urbana-PE tenha afirmado que iria colocar funcionários de cadastro de reserva para trabalhar, o que se viu nas ruas, no início da manhã, são poucos ônibus cuirculando e paradas de ônibus cheias. Muita gente reclama que os ônibus não passam ou, quando circulam, demoram muito tempo para chegar.
"Geralmente espero cinco minutos, dez no máximo por um ônibus para o Centro do Recife. Já faz 20 minutos que esou esperando na parada de ônibus e não passa nada", lamentou o auxiliar de escritório Carlos Roberto da Silva, 27 anos, enquanto aguardava em uma parada de ônibus na Avenida Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A doméstica Lucicleide Maria de Araújo aguardava na mesma parada há 25 minutos. "Vou para Paulista. Passaram apenas dois ônibus, mas estavam tão cheios que não pude entrar. Vou chegar atrasada no serviço", reclamou.
O terminal de integração da Joana Bezerra, que faz integração com o Metrô, está bastante cheio. O metrô deixa os passageiros no terminal, mas não há ônibus para levar essas pessoas até o destino final.
Aos poucos, os ônibus começaram a circular, mas de forma tímida. Homens sem fardas conduziam os coletivos.
Os rodoviários reivindicam um reajuste de 30%. Os empresários ofereceram 4,5%. Atualmente o piso salarial dos motoristas de ônibus é R$ 1395. Cobradores recebem R$ 643 e fiscais R$ 903. Todos ganham auxílio-alimentação no valor de R$ 140.