Proprietários de quiosques em Boa Viagem reclamam de atraso na reforma dos estabelecimentos

Prazo dado para a recuperação era de dez dias
Do JC Online
Publicado em 20/11/2013 às 9:56
Prazo dado para a recuperação era de dez dias Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


Faltando pouco mais de um mês para o final do ano, quando a orla de Boa Viagem concentra milhares de pessoas comemorando o réveillon, 32 dos 60 quiosques da praia estão envolvidos em um processo de reforma que deve se estender por 60 dias e está deixando os comerciantes desesperados. Ontem, após 21 dias sem funcionar, foram entregues as primeiras quatro barracas recuperadas. Outras nove estão fechadas, mas apenas quatro em obras. Uma teve o serviço feito como projeto-piloto e as demais aguardam o início dos serviços, que consistem em trocar peças danificadas, como cerâmica, vidro, madeira, portas e tomadas.

De acordo com a presidente da Associação dos Barraqueiros de Coco da Cidade do Recife, Flávia Souza, 41 anos, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), responsável pelo projeto, havia dado prazo de dez dias, no máximo, para devolução dos quiosques. “Seriam cinco para execução da obra e os demais para vistoria da Caixa Econômica Federal, que é patrocinadora, mas nos disseram que a empresa contratada atrasou e está pagando multa de R$ 8 mil. E daí? Esse dinheiro não vem para os bolsos da gente para pagar funcionários e outras despesas. Estamos tendo prejuízo de R$ 4 mil a R$ 5 mil por semana”, protesta. “Se a empresa não serve, coloquem outra. O que não dá é para mandarem as pessoas entregarem os quiosques e depois de tudo desocupado liberarem para funcionar no final de semana. Como se fosse simples transportar tudo para lá e para cá”.

Alguns trabalhadores reclamaram da época para fazer a obra, uma vez que já é verão, o momento de melhorar o movimento. “Deviam ter feito isso antes, mas chegam numa sexta-feira, mandam desocupar até segunda-feira e não fazem o serviço logo. Estamos preocupados”, lamentou Manoel Conrado, 47.

Muitos também reclamaram do modelo das barracas, modificado na gestão anterior. “Elas ficaram muito bonitas, mas pouco funcionais. As portas de vidro são facilmente arrombadas ou quebram. A maresia enferruja peças, inclusive a instalação elétrica, que é externa. A madeira enverga. Mas vamos ter que conviver com esse modelo, pois é o que teve recursos aprovados. Só que essa maquiagem não resolve”, diz Flávia.

Procurada pelo Jornal do Commercio, a assessoria de imprensa da Emlurb limitou-se a informar que o montante se R$ 1,2 milhão está sendo investido nas obras, incluindo recuperação dos alambrados das quadras de tênis, bancos de concreto e torres de iluminação. Mas disse que ninguém no órgão estaria disponível para falar sobre o assunto.

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