Atualizada às 11h19
Trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima realizaram, na manhã desta quarta-feira (19), um ato em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego, na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. Cerca de 500 trabalhadores da empresa Alusa Engenharia, de montagem industrial, participam da manifestação em protesto contra atraso de salários, benefícios e direitos trabalhistas. O grupo foi até o Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, onde uma comissão formada por trabalhadores se reuniu com o Secretário de Planejamento e Gestão do Governo, Ivan Rodrigues. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) acompanhou toda a manifestação.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE), Aldo Amaral, a manifestação começou ás 6h, mas a Avenida Agamenon Magalhães só foi bloqueada por volta das 7h30, no sentido Olinda/Derby. Trabalhadores afirmam que seis mil funcionários foram prejudicados com salários atrasados e outras 1,7 mil pessoas sem vale-alimentação e refeição. Sindicato afirma ainda que os funcionários estariam em situações precárias, como alojamentos sem energia, água e limpeza. Além de funcionários que foram demitidos e ainda não receberam verba indenizatória.
SALÁRIOS ATRASADOS - O Sintepav-PE deu entrada em uma ação judicial, no Ministério Público do Trabalho, contra a Alumini Engenharia, novo nome da Alusa, que deve salários e outros benefícios aos trabalhadores de Suape. Durante audiência realizada na manhã do dia 12, na Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região, foi colocado em ata o pedido de rescisão indireta para todos os seis mil trabalhadores que ainda estão ligados à Empresa Brasileira de Engenharia – Alusa e à Construtora Barbosa Mello – Alusa.
Rescisão indireta é quando o trabalhador é afastado da empresa e o empregador tem que pagar todas as verbas rescisórias, da mesma forma como se o tivesse demitido sem motivo, inclusive a indenização de 40% sobre o FGTS. Isso porque a rescisão teve origem em uma quebra de contrato por parte do empregador.
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem