PF apreende veículos de envolvidos em esquema de fraudes na Previdência

Foi deflagrada a Operação Coach com o objetivo de cumprir nove mandados de busca e apreensão contra os investigados
JC Online
Publicado em 16/04/2019 às 9:45
A operação foi realizada nesta quarta-feira (27) Foto: ABR


A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou a Operação Coach com o objetivo de cumprir nove mandados de busca e apreensão com o intuito de arrecadar veículos em nomes de investigados da Operação Manager que, por sua vez, teve início em 2015. As investigações levaram à descoberta de um grande esquema de concessão irregular de diversos benefícios previdenciários a pessoas residentes no Cabo de Santo Agostinho e outras cidades da Região Metropolitana do Recife.

Para o cumprimento dos mandados, na última sexta (12), foram mobilizados 20 policiais federais para as cidades do Cabo, Recife e Jaboatão dos Guararapes, todas na RMR. No total, foram apreendidos quatro veículos na operação.

Relembre o caso

Na Operação Manager, deflagrada pela PF junto com a Força Tarefa Previdenciária em 2016, foi concluído que o esquema de concessão irregular de benefícios previdenciários contava com o envolvimento do Gerente da Agência da Previdência Social do INSS de São Lourenço da Mata, com a intermediação de funcionários e do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo de Santo Agostinho, os quais providenciavam a documentação falsa.

Uma vez concedido o benefício tais pessoas eram ‘’convidados’’ a obter empréstimos consignados, onde a maior parte do valor desses empréstimos era repassado para os membros da organização criminosa. Estima-se um prejuízo financeiro na ordem de R$ 632.000,00 mensais na manutenção desses benefícios irregulares. O prejuízo total é estimado em 34 milhões de prejuízo aos cofres públicos.

Participavam do esquema criminoso também empregados e pessoas de confiança do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo de Santo de Agostinho, aliciando trabalhadores que não faziam jus aos benefícios e providenciando junto com seu presidente a documentação falsa necessária.

Os investigados foram denunciados por diversos crimes, incluindo falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, tendo o Ministério Público decidindo pela apreensão e alienação antecipada dos veículos dos denunciados. Se condenados, as penas somadas, podem chegar a 30 anos de reclusão.

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