Agentes da Polícia Federal (PF) em Pernambuco fizeram uma apreensão de 12.550 remédios controlados vendidos ilegalmente no município de Salgueiro, no Sertão do Estado. Por meio da delegacia de Salgueiro, os policiais encontraram e prenderam o baiano Alexandre Gonçalves de Souza, 36 anos. A prisão aconteceu na última quarta-feira (26). Alexandre possui antecedentes criminais e já havia sido preso em Teresina, no Piauí, pelo mesmo crime.
Segundo denúncias anônimas recebidas pela PF, o acusado foi visto no município conduzindo um Novo Uno vermelho, com placa OEE-6840, e estaria hospedado próximo a um posto de combustível da cidade. Alexandre estaria tentando vender no comércio local diversas marcas de remédios controlados sem documentação legal.
Depois de realizar diligências na área, os policiais conseguiram localizar Alexandre em um posto de combustível local. Ao fazer a busca no carro, os agentes encontraram 900 comprimidos de Sibutramina, 360 comprimidos de Pramil, 490 comprimidos de Cytotec e 10.800 comprimidos de Clonazepan. Estes tipos de medicamentos contêm substâncias que são consideradas psicotrópicas e só podem ser comercializados com prescrição médica.
O acusado foi autuado em flagrante por posse de medicamentos controlados sem documentação legal ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Em interrogatório, afirmou que adquiriu os remédios em Feira de Santana (BA), município onde reside, e que viajava para Teresina a fim de vender os medicamentos. Alexandre também informou à PF que tinha cerca de cinco mil reais em medicamentos dentro do veículo e que tinha a intenção de vender as unidades de Pramil a R$ 10, Sibutramina por R$ 20 e Clorazepan por R$ 8.
Ainda em depoimento, disse que tem uma filha em Salgueiro e que resolveu passar a noite na cidade, aproveitando para vender os produtos. Depois de ser submetido a exame de corpo de delito no IML (Instituto de Medicina Legal) de Salgueiro, Alexandre, que é natural de São Sebastião de Passe, na Bahia, foi encaminhado para a Cadeia Pública de Salgueiro, onde ficará à disposição da Justiça Estadual. Se for condenado, pode pegar penas que variam de 10 a 15 anos de reclusão.