Um homem foi detido na última segunda-feira (31) sob suspeita de estuprar e matar uma criança de 7 anos em Xexéu, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Jadson Antônio da Silva, de 21 anos, foi acusado de cometer o crime brutal contra a garota Lucivânia da Silva Nonato. A delegada Gleide Ângelo acredita que o exame sexológico é a prova determinante para a investigação deste caso.
Lucivânia foi vista pela última vez enquanto brincava com outras crianças, por volta das 16h, na Fazenda Caiçara, na zona rural de Xexéu. Depois disso, a menor desapareceu e só foi encontrada na noite de ontem, pelo irmão dela, que tem 12 anos.
A criança foi encontrada em um canavial bastante fechado, com a calcinha e um lençol ao lado do corpo. Os peritos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) logo constataram que a menor havia sido estruprada, tanto pela vagina, quanto pelo ânus. No pescoço de Lucivânia, havia marcas de unha do agressor, que matou a menina por esganamento.
Como não foram levantadas testemunhas para o crime, a saída da investigação é o exame sexológico. Os peritos colheram material para análise no corpo da criança e depois no corpo e na cueca do suspeito, que está à disposição da polícia, na Delegacia de Palmares. Comovidos com o caso, os moradores da cidade tentaram linchar Jadson e queriam retirar ele de dentro da delegacia para agredí-lo.
A delegada Gleide Ângelo disse que, em depoimento, Jadson entrou em várias contradições. Através de investigações preliminares, a polícia descobriu que o suspeito estava nas proximidades de um rio, em um lugar chamado Boqueirão, que fica próximo de onde o corpo de Lucivânia foi encontrado. "Ele disse que estava em casa dormindo na hora do crime, mas eu falei que tinha duas testemunhas alegando que viram ele no Boqueirão, ele já quis desdizer e começou a entrar em contradição", contou Gleide.
Durante a perícia, no local do crime, Gleide Ângelo se mostrou bastante chocada com a cena da criança jogada no chão. "É um absurdo um crime desse. A pessoa que fez isso é um monstro. As investigações vão correr o mais rápido possível, para tentar solucionar esse caso, para que haja justiça", disse a delegada, com os olhos cheios de lágrimas.