O PM Miguel Furtado de Souza foi indiciado homicídio qualificado, quando a vítima não tem chance de defesa, no caso do estudante Marcelo Lauriano Gomes Filho, morto no município de Escada, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, em 16 de junho deste ano. A conclusão do caso aconteceu nesta terça-feira (8) na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Na noite em que foi assassinado, o adolescente de 16 anos, dirigia o carro de seu pai, uma S10, quando foi abordado por policiais da Companhia Independente de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac). Dentro do veículo estavam o irmão de Marcelo e dois amigos. Os quatro jovens conversavam com um casal que estava em outro carro, um Corolla branco sem placa, em frente a sede dos Bancos Santander e Banco do Brasil, por volta das 23h.
O jovem que dirigia o colora foi abordado e entregou os documentos. Já Marcelo, por ser menor de idade e não ter carteira de habilitação, tentou fugir da abordagem. Os policiais solicitaram, por duas vezes, que Marcelo parasse o veículo, mas como não tiveram resposta o policial militar Miguel de Souza fez um disparo de fuzil em direção ao carro. O tiro acertou a cabeça de Marcelo Gomes Filho que morreu na hora.
O sargento Miguel Furtado disse que a delegada do caso Glêide Ângelo, que escorregou com a arma, atirando acidentalmente contra o jovem. As cinco testemunhas e os demais policiais negam a versão do PM, que pode pegar de 20 a 30 anos de prisão.