O detento suspeito de, na tarde desse domingo (10), ter assassinado outro preso no pátio do presídio Juiz Antônio Luiz Barros, no Complexo do Curado, na Zona Oeste da Cidade, contou à polícia que tinha desavenças com a vítima antes de entrar na unidade. De acordo com José Gueiros Alves, que cumpre pena por assalto a banco, a arma do crime foi comprada há tempo e vinha sendo guardada há cerca de seis meses.
"Ele vivia me ameaçando, aí eu matei. (O motivo) Foi por ameaça mesmo.", disse o suspeito, que continuou: "Tinha muita gente no horário de visita, mas eu fiz de uma forma que só acertasse ele. Ninguém tinha nada a ver não. Só quis matar quem me devia".
Quando perguntado se teria conseguido a arma no dia do crime, onde os presos estavam recebendo visitas, José Gueiros contou que tem a arma há muito tempo. "Eu tenho ela vai fazer seis meses e guardava a arma na cintura, mesmo. Só vivia armado", informou o detento, que concluiu: "Eu comprei o revólver de um cara que foi embora por alvará de soltura."
Após o crime, José Gueiros foi levado ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. De acordo com a delegada Vilaneida Aguiar, que recebeu o caso, diante do perigo que seria o retorno do preso ao Complexo do Curado, o homem foi transferido para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel).