Uma turma de 28 alunos de comunicação social da UniNassau teve o sonho da festa de formatura destruído. De acordo com os estudantes, um membro da comissão, responsável pelo financeiro do evento, teria desviado cerca de R$ 60 mil, impossibilitando a realização da festa.
De acordo com Drielly Alves, também membro da comissão de formatura, o colega era acima de qualquer suspeita. "A gente acreditava nele porque ele era uma pessoa de 33 anos, responsável e nunca aparentou ter relação contrária", explicou. O baile seria inicialmente em 1º de abril, mas o estudante alegou que ainda faltavam o pagamento do buffet, parte da casa do cerimonial. Após negociação, a turma concordou em transferir a festa para o próximo dia 1º de julho e ainda pagar mais quatro parcelas de R$ 80, apesar de já terem pago cerca de R$ 150 reais por mês nos últimos 18 meses.
Mas, ao chegar no início deste mês, após informações contraditórias e e-mails suspeitos, os estudantes passaram a desconfiar do homem. Ele enviou um e-mail, onde se passou pela dona da casa de festas, dando três opções para a realização da festa: devolução de 50% do valor da casa, devolução de metade das senhas já compradas ou trocar a data mais uma vez, agora para novembro.
Com a desconfiança e acompanhados de uma advogada, alguns alunos foram à casa de eventos e descobriram que não havia nada acertado. Além de não ter reserva para o dia 1º de julho, os formandos ainda estavam devendo a multa da troca da data, já que a festa seria em abril. Ao ser confrontado pelos estudantes, o suspeito confirmou, por meio de um áudio, ter utilizado parte do dinheiro para pagar dívidas e que estaria disposto a correr atrás para reaver o prejuízo. "Eu sei o que eu fiz foi errado, reconheço e estou disposto a rever o prejuízo de vocês. Era para eu ter falado há muito tempo, eu estava procurando um meio de resolver. Eu entrei em uma dívida e peguei uma boa parte do dinheiro da formatura, e estou disposto a correr atrás de reaver esse dinheiro", explicou. Ouça o áudio:
Apesar disso, os alunos já procuraram a Polícia Civil para prestar queixa, que deve ser realizada nesta segunda-feira (12), pois a delegacia responsável por crimes de estelionato não funciona no fim de semana. Além disso, eles esperam ir à casa de festa negociar o débito deixado pelo estudante.
Para Drielly, o sentimento maior é de frustração. "O único sentimento que consigo ter é pena porque ele perdeu 28 amigos, mas a gente espera que ele assuma porque é muito dinheiro, são muitos sonhos frustrados", afirmou. Ela ainda acredita que o crime foi premeditado. "Nós estamos juntando provas pra ver o que pode ser feito. Foi tudo premeditado e a gente espera sinceramente justiça", finalizou.