Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta segunda-feira (27) o secretário de Defesa Social Antônio de Pádua afirmou que a delegada Gleide Ângelo deixa o caso da menina Beatriz, morta no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde estudava, em Petrolina, em 10 de dezembro de 2015. Quem tomará à frente da investigação será Poliana Néri, delegada adjunta do interior. Gleide era a responsável pelo caso desde dezembro de 2016.
"Ela (a delegada Poliana Néri) está debruçada sobre os 14 volumes dessa investigação e a gente não tem dúvida que ela vai encontrar o suspeito, fazer a prisão e levá-lo à Justiça", disse o secretário.
Há duas semanas, os pais da criança haviam cobrado mais empenho da Polícia Civil nas investigações e criticaram o fato do inquérito ser chefiado por uma delegada que reside no Recife, e não em Petrolina, cidade onde aconteceu o crime.
Beatriz estava com sua família na festa de formatura do Ensino Médio de sua irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no dia 10 de dezembro de 2015.
Ela havia pedido à mãe para tomar água e, quando seus pais estranharam a demora da menina, eles começaram a procurar a filha dentro do colégio, onde ocorria a festa. O corpo foi encontrado 30 minutos depois, dentro de um depósito de materiais esportivos. A menina foi assassinada com 42 facadas.
Em outubro de 2015, Poliana passou a chefiar a 22ª Delegacia Seccional de Polícia de Floresta, no Sertão pernambucano. No mesmo ano, a delegada foi responsável por prender José Cícero da Silva, homem que confessou o assassinato do menino Wallisson Pedro, de 9 anos, em Petrolina. Na ocasião, o garoto foi estuprado, asfixiado e morto.