Quadrilha responsável por roubo a bancos no Agreste é desarticulada

As investigações iniciaram após um roubo a uma agência, no município de Jucati, na terça-feira (24). A quadrilha tinha duas casas de apoio na região
JC Online
Publicado em 25/04/2018 às 18:21
As investigações iniciaram após um roubo a uma agência, no município de Jucati, na terça-feira (24). A quadrilha tinha duas casas de apoio na região Foto: Foto: Cortesia/Polícia Militar


Duas casas que serviam de apoio para uma quadrilha responsável por um roubo a banco, na cidade de Jucati, no Agreste de Pernambuco, foram encontradas pela Polícia Militar. Além das residências, armamentos usados pelos homens na ação também foram recolhidos pelos agentes. Com um dos integrantes da quadrilha, ainda foi encontrado pouco mais de R$ 5 mil em espécie. Os detalhes da operação que desarticulou a quadrilha foi divulgada nesta quarta-feira (25) pela polícia.

Logo após a ação dos suspeitos, na madrugada da terça-feira (24), na agência do Banco Bradesco do município, os policiais iniciaram as buscas e investigações.

Depois de explodir o banco, fazendo feirantes de Jucati como escudo humano para se proteger no caso de chegada de policiais, O grupo deixou a cidade usando estradas de terra. Os agentes seguiram o rastro deixado pelo veículo, modelo S10, que seguia em direção ao Sítio Papa Terra, na Zona Rural de Garanhuns.

"Para evitar confronto, pois não se sabia se havia inocentes na casa usada como esconderijo, os policiais optaram por fazer um cerco ao local para negociar a rendição, mas foram descobertos e três dos acusados escaparam pelos matos. Foi dado início a uma perseguição e mais de uma hora depois houve o confronto, que terminou com as duas mortes e apreensão de duas espingardas calibre 12. O terceiro suspeito conseguiu fugir, mas foi preso por homens do 9º BPM, que chegaram no apoio à operação", destaca a corporação.

De acordo com a Polícia Militar, "o Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BETI) seguiu o rastro do grupo por estradas vicinais e por dentro dos matos e, com ajuda do 9º BPM e apoio do Grupamento Tático Aéreo (GTA) da SDS, foram realizadas seis prisões e apreendidos armamento pesado, coletes de proteção balística, além de equipamentos utilizados em explosões, como serras e furadeiras". 

A quadrilha era formada por sete homens

Dois integrantes do grupo morreram em confronto com a polícia, no mesmo dia do roubo. As vítimas, identificadas como Valdemar Soares Martins, de 31 anos e José Luiz dos Santos Silva, de 42, chegaram a ser socorridas, mas não resistiram aos ferimentos.

Outro homem, identificado como Israel Antônio Alves da Silva, de 33 anos, identificado como participante da quadrilha, foi preso nas proximidade de uma das residências, que fica no Sítio Papa Terra, na Zona Rural de Garanhuns. Com este, a polícia encontrou R$ 5.140 em espécie. Ele admitiu participação no assalto e após passar por audiência de custódia foi encaminhado para o presídio de Pesqueira.

Próximo a este endereço, a polícia prendeu quatro homens suspeitos, que foram encaminhados para a delegacia, mas liberados em seguida, por não ter provas que os incriminassem como participantes do roubo a banco.

Na operação foram apreendidos  uma espingarda calibre 44, outra calibre 12, e uma caseira, um rifle calibre 22, diversas munições, cinco coletes balísticos, duas bananas de dinamite, dois cordões detonadores e seis espoletas. Cinco veículos, sendo três caminhonetes S-10, um Fiat Uno e um Celta também foram encontrados na casa no Sítio Papa Terra.

No local ainda foi encontrado uma conta d’água de uma casa em Bom Conselho. Agentes se deslocaram até o endereço informado na conta. No local, a proprietária da residência informou que havia alugado para um homem identificado como um dos mortos em confronto. Só havia um colchão no local, o que leva a crer que era usado apenas como ponto de encontro para reuniões de planejamento dos ataques.

Relembre o caso

Uma câmera de segurança da agência do Bradesco, que foi alvo de explosão na madrugada dessa terça-feira (24), registrou a chegada e saída dos assaltantes durante a ação criminosa. Segundo a direção da agência, a explosão foi tão forte, que destruiu a fachada do local, além dos equipamentos internos. Todo o dinheiro do caixa foi levado.

As imagens mostram a chegada de uma caminhonete S-10 branca e criminosos com os rostos cobertos portando espingardas. Um deles carrega um saco de explosivos até a agência. Em seguida, as imagens mostram um clarão e a fumaça da explosão. Logo após a ação, a quadrilha foge do local com a caminhonete. O vídeo também mostra como a agência ficou após a explosão.

Segundo o feirante José Almeida, os assaltantes renderam os populares que estavam no local e começaram a atirar para cima a fim de assustar os rendidos. “Eles pediram para ficarmos calmos, que eles não iam nos machucar e que só ‘queriam o deles’”, acrescentou o feirante.

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