Polícia Federal apreende 15 papelotes de cocaína

A droga seria comercializada em bairros nobres do Grande Recife, segundo a PF
JC Online
Publicado em 22/04/2019 às 8:46
A droga seria comercializada em bairros nobres do Grande Recife, segundo a PF Foto: Foto: Divulgação


A Polícia Federal em Pernambuco apreendeu 15 papelotes de cocaína encontrados em posse de um vigilante e um ex-policial, suspeitos de tráfico de drogas. Os dois foram presos em flagrante na última quarta-feira (17), em virtude das investigações realizadas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, que apurava ponto no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, que serviria de repasse de drogas para serem comercializadas em bairros de classes média e alta da Região Metropolitana.

O profissional de segurança privada, de 54 anos, não possui antecedentes criminais, enquanto o ex-agente da polícia, também de 54 anos, já foi preso por tráfico de drogas e condenado a nove anos de prisão, fato que levou a sua demissão da Polícia Civil.

Na residência do vigilante, foram encontrados e apreendidos uma balança de precisão para pesagem da droga, dois aparelhos celulares e a quantia de R$ 950 reais, pagos pela compra da droga pelo agente de polícia. Um veículo Toyota Hilux, que estava sendo dirigido pelo ex-agente, também foi apreendido no momento que ele chegava na casa do vigilante. Sete dos papelotes estavam em posse do profissional de segurança. 

Interrogatório

Os suspeitos foram levados a sede da Polícia Federal no Cais do Apolo. Caso condenados, os dois poderão pegar penas que variam de 5 a 15 anos de reclusão. Após a realização dos procedimentos padrão, foram liberados e irão responder ao processo em liberdade.

Em seu interrogatório, o vigilante disse que exerce a função há cerca de 5 anos e que é usuário de cocaína desde os 20 anos de idade. Disse também que há pouco tempo passou a fornecer a droga para produtores de eventos das classes média e alta do Grande Recife. Também falou que sua ligação com o policial é que repassam cocaína um para o outro quando o estoque acaba. Por fim disse que recebeu a cocaína de um traficante de Minas Gerais.

Já o policial preso disse que trabalha na compra e venda de carros usados e imóveis e que é sócio de um restaurante no bairro de Casa Forte. Ele assumiu ter ligado para o vigilante com o objetivo de comprar vários saquinhos de cocaína. Por fim, disse que era usuário de drogas e não traficante.

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