Polícia Civil abre inquérito para investigar caso de irmãos resgatados em Olinda

As três crianças foram encontradas nessa quarta-feira (26)
JC Online
Publicado em 27/06/2019 às 18:03
As três crianças foram encontradas nessa quarta-feira (26) Foto: Divulgação/Conselho Tutelar


A Polícia Civil informou, na tarde desta quinta-feira (27), que abriu inquérito para investigar o caso dos irmãos resgatados de casa no bairro de Águas Compridas, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). As crianças - com idades de cinco meses, quatro e 11 anos -, foram encontradas nessa quarta-feira (26) em situação que caracterizava abandono.

De acordo com o conselheiro tutelar de Peixinhos, Eurico Guedes, os irmãos foram resgatados após uma denúncia anônima. "Fizeram uma denúncia ao Conselho Tutelar e ao 190. A Polícia Militar chegou primeiro ao local, retirou as crianças e trouxe para o Conselho Tutelar de Peixinhos", disse. "A casa estava imunda, sem condições de moradia. É uma situação crítica mesmo", explicou como o local se encontrava.

Na sede do Conselho Tutelar de Peixinhos, a mãe, de 27 anos, afirmou que saiu para ir a uma agência bancária. "Ela disse que precisou ir ao banco resolver umas coisas de um cartão e deixou os meninos lá. Só que não foi a primeira e nem a segunda vez, isso já vinha acontecendo com frequência", disse Guedes.

O conselheiro afirmou ainda que, há oito anos, a família já foi denunciada pela mesma situação. "No momento, foram feitos os encaminhamentos e foi resolvido. Hoje, é um outro cenário, ela já tem sete filhos. Há oito anos, não era essa necessidade", explicou.

Sete filhos

A mulher, segundo o conselheiro tutelar, tem sete filhos. A equipe, no entanto, só tem informações sobre um menino de 10 anos com necessidades especiais está morando com o pai e uma menina de 3 anos foi retirada da casa da mãe na semana passada pelo pai.

Outra criança, de 8 anos, ainda estaria morando com a mãe, mas não foi localizada.

Cuidados

O conselheiro tutelar disse ao Jornal do Commercio que as três crianças estão sob os cuidados do avô materno. Ainda de acordo com Eurico Guedes, o avó ainda tentou levar os netos na noite da quarta-feira, mas uma vistoria precisava ser feita na casa. "Ele - o avó - voltou hoje para assinar o termo de entrega, e a gente foi na casa para vê se o ambiente era adequado para as crianças", explicou. 

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