Ativistas LGBT cobram rigor na investigação de morte de educador em Pombos

Corpo de Sandro Cipriano foi encontrado no sábado (29), na zona rural da cidade. Ativistas estiveram na Alepe e SDS
JC Online
Publicado em 01/07/2019 às 20:16
Corpo de Sandro Cipriano foi encontrado no sábado (29), na zona rural da cidade. Ativistas estiveram na Alepe e SDS Foto: Foto: Divulgação/Fórum LGBT de Pernambuco


Um dia após o enterro do educador e militante LGBT Sandro Cipriano, 35 anos, encontrado morto em Pombos, na Zona da Mata do Estado, ativistas da causa estiveram na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e na Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), na tarde desta segunda-feira (1º), para cobrar rigor na investigação do crime.

Na avaliação do coordenador do Fórum LGBT de Pernambuco Thiago Rocha, a reunião, que contou com a participação do secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, e ocorreu após ato na Alepe, foi proveitosa. "Foi bem produtiva. Nós colocamos não só o caso de Sandro, mas sim a importância de termos tipificação de crimes de ódio baseada na LGBTfobia, não resumir apenas a um latrocínio ou algo do tipo", explicou.

Durante a tarde, a notícia de que o responsável pelo crime foi preso levou muitas pessoas à delegacia de Pombos. De acordo com o titular da SDS, ainda não há informações sobre prisões, mas a polícia está empenhada na investigação do caso, que segue sob sigilo. “As diligências estão em andamento. A Polícia Civil está trabalhando para que essa investigação seja concluída o mais rápido possível e da forma mais técnica”, afirmou.

Para o coordenador estadual do Fórum LGBT, com o crime, a sensação é de que “o medo está instaurado para toda a população LGBT de Pernambuco”. “Um pedacinho nosso está indo junto, mas não nos esqueçamos de que um pedacinho de Sandro está dentro de cada um de nós, fortalecendo”, acrescentou.

Um comitê integrado por organizações como o Fórum LGBT, Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), Associação Brasileira de ONGs (Abong) e o mandato coletivo Juntas, que preside a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), foi formado para acompanhar as investigações. 

O crime

Pessoas próximas a Sandro disseram ao JC que o professor foi visto pela última vez por volta das 19h30 da quinta-feira (27), quando ia em direção a um bar para trocar dinheiro. No dia do desaparecimento, a Polícia Militar esteve na casa da vítima e constatou que o local estava revirado, faltando vários pertences e com várias manchas de sangue no piso. O corpo foi encontrado na zona rural da cidade, no sábado (29). O carro de Sandro, que havia sido foi levado, foi encontrado carbonizado, um dia depois, em outro local do município.

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