Um homem de 38 anos foi preso na última quinta-feira (18) sob a suspeita de estuprar e engravidar uma criança de 10 anos, em um bairro da Zona Oeste do Recife*. De acordo com o delegado Darlson Macedo, gestor do Departamento de Polícia da Criança e Adolescente (DPCA), o crime possivelmente aconteceu na casa onde homem e criança moravam. Ele era companheiro da tia da vítima e a paternidade, segundo a Polícia Civil, foi comprovada por meio de exame de DNA.
"Provavelmente ela era estuprada dentro da residência. Essa criança morava com a tia e ele era o companheiro dessa tia há cerca de seis anos. Nós não temos como comprovar isso, uma vez que a menina não quis dizer nada", explicou o delegado. Macedo disse ainda que o motivo da criança não ter dito nada podem ser vários, entre eles, ter sido ameaçada pelo homem. A vítima deu à luz a um menino quando ela tinha 11 anos.
O delegado disse ainda que a gravidez foi descoberta após mãe e tia, que nega ter desconfiado de alguma coisa, levarem a criança a um posto de saúde após notar um volume na barriga. "A mãe e a tia levaram a criança em um posto de saúde porque viram a barriga grande. Lá, disseram que podiam ser um cisto e encaminharam para o Imip. Mas quando chegaram no Imip, disseram que a menina estava grávida", explicou.
Ainda segundo a Polícia Civil, mesmo com o resultado do exame, o homem nega que cometeu o crime e a vítima diz não saber como aconteceu. "O homem diz que não foi ele. Diz que pode ter sido no banheiro que ela tenha ido e que ele tenha frequentado antes. A verdade é que ele estuprou e a gente não sabe quantas vezes e por quanto tempo essa menina foi vítima", comentou Macedo.
O homem foi indiciado por estupro de vulnerável e encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
A Polícia alerta para os sinais que a criança apresenta após ser vítima de estupro. "Toda criança apresenta uma mudança no seu comportamento padrão quando ela é abusada sexualmente. Umas ficam mais arredias, outras com síndrome do pânico, sem querer sair, violentas, repetem em brinquedos e em bonecas o que estão fazendo com elas. Então é importante esse acompanhamento e que sempre tenha o diálogo. As pessoas precisam ouvir essas crianças", declarou o delegado.
*Para preservar a identidade da vítima, não serão divulgados dados como bairro onde aconteceu o crime e nomes da criança, suspeito, mãe e tia.