Secretários de Saúde do NE pedem apoio do Governo Federal no combate ao Aedes aegypti

Pedido foi entregue ao Ministro da Saúde no encontro entre secretários estaduais de saúde do Nordeste
Do JC Online
Publicado em 20/11/2015 às 21:26
Pedido foi entregue ao Ministro da Saúde no encontro entre secretários estaduais de saúde do Nordeste Foto: Foto: Diego Nigro/JC Imagem


Os secretários estaduais de Saúde do Nordeste, preocupados com o aumento de casos de microcefalia, entregaram ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, nesta sexta-feira (20), uma carta identificando as necessidades conjuntas dos Estados e solicitando apoio do Governo Federal no enfrentamento às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

No documento, entregue durante o encontro entre os secretários estaduais de Saúde do Nordeste realizado em Salvador, na Bahia,os executivos chamam atenção para o crescimento significativo dos números de dengue em 2015 e para a introdução dos vírus da zika e chikungunya em todo o Nordeste, além do aumento das complicações neurológicas que podem ter algum tipo de relação com a zika, como a Síndrome de Guillain-Barré. O intuito é construir uma estratégia agressiva de combate ao mosquito e controle dos agravos. 

Além de conclamar um maior envolvimento do Estado brasileiro, com intuito de construir uma estratégia agressiva de combate ao mosquito e controle dos agravos,o documento ainda cita a importância do apoio a instituições científicas para o desenvolvimento de novos métodos para o controle do mosquito e a necessidade de criar um fundo nacional emergencial para aplicação exclusiva nas ações emergenciais de combate às arboviroses.

Mesmo com previsão que a epidemia deverá ser maior ano que vem, Pernambuco ainda não lançou plano de contingência ao mosquito. Nesta mesma época, no ano passado, o plano já havia sido lançado. 

“Estamos diante de um momento, de uma gravidade, que merece uma ação decisiva. Os secretários de saúde estão criando um plano de ação para o combate conjunto da epidemia de arboviroses, que agora traz um componente novo, que é a introdução de novos vírus que podem estar causando a síndrome de Guillain-Barré e microcefalia”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Iran Costa.

“Essa não é uma missão restrita à área da saúde, mas uma missão para governos, com a liderança de governadores, prefeitos e até da presidência”, disse o secretário executivo do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Jurandi Frutuoso.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, que decretou no último dia 11 de novembro situação de emergência em saúde pública no Brasil, explicou aos secretários que vêm tomando todas as medidas possíveis. “Convocamos 17 ministérios para auxiliar no combate ao vetor e vamos utilizar todas as armas possíveis. Não vamos dar trégua”, disse, durante o encontro com os secretários.

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