Com o aumento dos casos de microcefalia em recém-nascidos no Nordeste, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (23) a criação de uma força-tarefa em uma tentativa de evitar que o surto se espalhe por outras regiões do país.
Em reunião da coordenação política, a petista anunciou a instalação de um gabinete interministerial para definir medidas emergenciais e pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, que promova reuniões com especialistas e pesquisadores em saúde pública na tentativa de evitar a expansão da doença para o Norte e o Centro-Oeste.
A principal desconfiança do Palácio do Planalto é de que o aumento de casos de malformação do crânio esteja relacionada com o zika vírus, transmitido pelo mosquito da dengue.
O vírus circula atualmente em 14 estados e, por isso, o governo federal acredita que a tendência é de que o aumento dos casos não fique circunscrito apenas ao Nordeste. Em três meses, 400 casos de microcefalia foram constatados.
Em entrevista à imprensa, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, informou ainda que o governo federal lançará campanha informativa, em veículos radiofônicos e televisivos, para orientar a população sobre o aumento da doença e sobre medidas de combate ao mosquito da dengue.
Segundo ele, se for necessário, o governo federal poderá remanejar recursos orçamentários para o Ministério da Saúde para o enfrentamento da microcefalia.
"Não temos de criar nenhuma situação de alarde indevido, mas é ela preocupante e, portanto, a presidente pediu para que o ministro da Saúde tome todas as providências possíveis", disse.