O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, disse nesta quinta-feira (11) que não acredita que a epidemia de zika vai atrapalhar a realização da Olimpíada deste ano, no Rio. Ele ainda comparou o risco da doença com o do terrorismo enfrentado por outras cidades que já sediaram os jogos, como Londres em 2012.
"O mundo vive sob riscos, ou de saúde, de natureza política ou de terror. O risco tem que ser combatido com medidas eficazes, mas a humanidade não pode deixar de realizar suas tarefas de eventos internacionais por conta de riscos e ameaças, que devem ser combatidos", disse Rebelo, que já foi ministro do Esporte.
Para o ministro, a mobilização do governo para combater o mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a febre chikungunya, vai demonstrar para a comunidade internacional que o Brasil está preparado para enfrentar o problema.
"Com o esforço que o governo está fazendo, não creio que a Olimpíada possa sofrer prejuízo por conta disso", afirmou. Ele lembrou ainda que "infelizmente, os riscos ocasionados pelo mosquito não estão restritos ao Brasil, mas em outras partes do mundo"
Neste sábado, cerca de 220 mil militares das Forças Armadas vão fazer um mutirão em 356 cidades do País para distribuir panfletos informativos sobre como eliminar o foco do mosquito. A própria presidente Dilma Rousseff vai participar da mobilização e acompanhar atos da campanha no Rio. A meta é que 3 milhões de moradias sejam visitadas.
Na próxima semana, em uma ação mais direta, 50 mil militares serão mobilizados para aplicar larvicidas e outros produtos em residências. "Alguns chegam a falar que três quintos dos casos da doença têm origem dentro da casa das pessoas. Não adianta apenas o governo limpar as áreas públicas se não houver uma mobilização da população, essa campanha não tem como ser vitoriosa", disse Rebelo.
Além da mobilização junto com a população, o governo anunciou nesta quinta a assinatura do primeiro acordo internacional para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus da zika. A parceria foi feita entre a Universidade do Texas e o Instituto Evandro Chagas, no Pará. De acordo com o Ministério da Saúde, a estimativa é de que o produto esteja concluído entre um e dois anos. Terminado esse prazo, teriam início os testes, que devem durar mais dois anos.