Ministério da Saúde confirma 1.198 casos de microcefalia no país

Do total de casos confirmados, 194 tiveram resultados laboratoriais positivos para relação com infecção pelo vírus Zika
Estadão Conteúdo
Publicado em 26/04/2016 às 19:48
Do total de casos confirmados, 194 tiveram resultados laboratoriais positivos para relação com infecção pelo vírus Zika Foto: Foto: Sumaia Villela/ Agência Brasil


Boletim divulgado nesta terça (26) pelo Ministério da Saúde aponta 1.198 casos confirmados de microcefalia e outras alterações no sistema nervoso em bebês provocados por agentes infecciosos, entre eles o vírus Zika. Ao todo, 7.228 casos foram notificados: 2.320 foram descartados e 3.710 estão em investigação.

Os dados são referentes a registros entre outubro de 2015 e 23 de abril de 2016, repassados ao ministério pelas secretarias estaduais de saúde.

Do total de casos confirmados, 194 tiveram resultados laboratoriais positivos para relação com infecção pelo vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães dos bebês que nasceram com microcefalia. Outros agentes infecciosos, como rubéola, sífilis e toxoplasmose também podem provocar microcefalia em bebês quando atingem as grávidas.

Até 23 de abril, o ministério também registrou 54 mortes de bebês recém-nascidos ou fetos com microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central.

Os 1.198 casos confirmados ocorreram em 435 municípios, localizados em 22 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.

 

VÍRUS ZIKA

De acordo com boletim epidemiológico também divulgado hoje pelo ministério, de fevereiro a abril  foram registrados 91.387 casos prováveis de infecção pelo vírus Zika. Entre os afetados, estão 7.584 gestantes com provável infecção e 2.844 que tiveram a infecção confirmada.

Em entrevista a jornalistas, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, disse que uma grande parte dessas grávidas não terá filho com microcefalia, mas que o governo ainda não sabe a proporção de gestantes infectadas para bebês com a malformação.

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