O Estado de Pernambuco já registra um aumento de 22% no número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) quando comparado com o mesmo período de 2016, que teve 439 ocorrências de SRAG. Até 22 de abril deste ano, foram 537 casos da síndrome, que é caracterizada pela internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia ou desconforto respiratório. Entre os casos de SRAG associados à gripe, um evoluiu para o óbito. A vítima é uma idosa, do Recife, com comorbidade (doença crônica que possivelmente agravou o quadro gripal causado pelo vírus H3N2, que tem predominado no Estado), segundo informou, na manhã desta quinta-feira (11) a Secretaria Estadual de Saúde. A idosa faleceu em abril.
Diferentemente do ano passado, quando a maioria dos pacientes teve resultado laboratorial positivo para a influenza H1N1, que causou 15 mortes, agora as ocorrências estão associadas a outro tipo de influenza: H3N2. Ambos os tipos, além da influenza B, fazem parte da composição da vacina contra a influenza, que está disponível nos postos de saúde para os grupos prioritários e que terá seu Dia D neste sábado (13/5). Até o momento, 511.496 pessoas (21,9%) já foram imunizadas, de um total de mais de 2,3 milhões de pernambucanos.
“Neste ano, foi identificado um aumento de casos de influenza antes do período esperado e, com essa época de chuvas, precisamos ficar ainda mais atentos às ocorrências. O predomínio de casos tem sido da influenza H3N2 com evolução leve dos quadros. Mas as pessoas que fazem parte do grupo de maior risco para o agravamento precisam ser vacinadas”, diz a gerente de Prevenção de Doenças Imunopreveníveis da SES, Ana Antunes.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunização da SES, Ana Catarina de Melo, reforça que o Estado tem encaminhado as doses da vacina para todos os municípios pernambucanos. “Além de chamar a população para tomar a vacina, também estamos sensibilizando os gestores municipais para que eles intensifiquem suas ações para ampliarmos o número de pessoas imunizadas”, esclarece Ana Catarina.
Em Pernambuco, mais de 2,3 milhões de pessoas fazem parte dos grupos prioritários para a vacinação contra a influenza, formados por idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, professores dos ensinos básico e superior de escolas públicas e privadas e profissionais de saúde.
Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro. As pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção de medidas de segurança. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores bem como a qualquer componente da vacina ou alergia comprovada grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.