A liberação de mosquitos estéreis do Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya, é uma das apostas da Prefeitura do Recife para o combate aos insetos e redução de casos de arboviroses em 2019. O anúncio foi feito durante a inauguração do Centro de Mosquitos Estéreis do Recife (CEMER), nesta terça-feira (18), em Peixinhos, Olinda. A expectativa é que a população de mosquitos reduza com as novas técnicas, auxiliando a redução dos riscos de um novo surto. Além desta ação, a Secretaria de Saúde promete aumentar o número de bairros beneficiados com as ovitrampas, equipamento que ajuda a monitorar os mosquitos e eliminar os ovos. Próximo ano, todos os 94 bairros da cidade devem estar equipados com a armadilha.
O combate com insetos estéreis já foi testado em menores escalas e gerou resultados animadores. O processo se dá em fases e a redução na população de mosquitos deve ser observada a longo prazo. “Estamos confiantes, a ciência aponta que o uso desta técnica reduz a população de mosquitos a um nível que possibilita melhor controle de surgimento de doenças em seres humanos”, explica o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia.
A liberação dos mosquitos deve acontecer em março e contará com o auxílio de drones. Inicialmente, o projeto será desenvolvido nos bairros da Macaxeira e Mangabeira, ambos na Zona Norte da cidade. A expectativa é que sejam produzidos 250 mil mosquitos machos estéreis por semana.
Entre as ações planejadas também estão ampliação de campanhas pelas mídias digitais; aumento de Brigadas Contra o Mosquito, que agora serão permanentes; aumento dos bairros beneficiados com ovitrampas, passando de 45 para 94; além das ações costumeiras de monitoramento e controle realizadas pelos agentes de saúde ambiental.
Com o aumento da temperatura, as condições para a reprodução do mosquito se tornam mais favoráveis. Segundo o prefeito do Recife, Geraldo Julio, as ações de combate devem ser reforçadas nesta época, a fim de evitar um novo surto nos meses de maior incidência. “Hoje, nós estamos com o menor índice de focos de mosquito da dengue de toda série histórica, mas é início de verão, é quando começam a nascer as larvas. Também é preciso o apoio da população, já que de cada 10 focos encontrados, nove estão dentro das casas. Os agentes de saúde vão visitar as residências da cidade, mas é importante que todos trabalhem no enfrentamento ao mosquito”, pontua.