Campanha quer imunizar 752 mil crianças contra a gripe em Pernambuco

Mobilização nacional começa na próxima quarta-feira (10). Este ano, vacinação vai atender crianças entre 6 meses a menores de 6 anos de idade
JC Online
Publicado em 08/04/2019 às 16:29
Mobilização nacional começa na próxima quarta-feira (10). Este ano, vacinação vai atender crianças entre 6 meses a menores de 6 anos de idade Foto: Foto: Cortesia


A partir da próxima quarta-feira (8), tem início a 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra o vírus Influenza, causador da gripe. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Ses), este ano o número de crianças atendidas pela vacinação foi ampliado. Agora, a imunização será destinada para crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias). Antes, eram atendidos até menores de 5.

Com a nova faixa etária, devem ser vacinadas cerca de 752 mil crianças. Ainda segundo a Ses, é um acréscimo de 143 mil pernambucanos atendidos. Até o dia 19 de abril, esse público e as gestantes terão prioridade na imunização contra a Influenza.

Entre os dias 22 e 31 de abril, os postos de vacinação vão receber todos os públicos incluídos no esquema. Poderão se vacinar, além de crianças e gestantes, os grupos prioritários de idosos (60 anos ou mais), mulheres puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores da saúde, os professores das escolas públicas e privadas e os povos indígenas.

Em Pernambuco, todos esses grupos totalizam 2.598.158 pessoas. A meta é imunizar, no mínimo, 90% desse público. A campanha ainda dá conta de portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional também devem ser imunizados.

A vacina, produzida pelo Instituto Butantan, protege contra três vírus da influenza: A(H1N1), A(H3N2) e B.  Ela reduz as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza no público alvo. Segundo orientação do Ministério da Saúde (MS), em caso de doenças febris agudas, moderadas ou graves, a vacinação deve ser adiada a vacinação até a resolução do quadro. A medida é para evitar que se atribua à vacinação as manifestações da doença.

Em caso de alergia ao ovo -- pessoas que após ingestão apresentaram apenas urticária --, não há contra-indicação. No entanto, em quadros clínicos específicos, como alergia grave, a imunização seja feita em ambiente adequado, no caso, hospitais ou unidades de saúde com urgência e emergência. A aplicação da vacina deve contar com supervisão de profissional de saúde que possa reconhecer e prestar atendimento em caso de alguma condição alérgica.

Para o grupo de portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, o Ministério orienta prescrição médica, que deverá ser apresentada no momento da imunização, com o motivo da indicação da vacina especificado.

Outras vacinas

Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais das salas de vacina devem aproveitar a ida da população aos postos para verificar se as cadernetas de vacinação estão atualizadas. Caso alguém não esteja com alguma das vacinas em dia, o profissional deve fazer a aplicação das doses de outros imunizantes que faltam.

Casos de gripe

Segundo a Ses, até o último dia 16 de março, foram notificados 671 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) em Pernambuco. Esse tipo de quadro pode ser provocado por vírus ou bactérias e é caracterizado pela necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado a desconforto respiratório (dispneia). Ao todo, 7 tiveram resultado laboratorial positivo para a influenza B, um dos vírus cobertos pela vacina.

É um aumento de 264% nas notificações de Srag. O mesmo período de 2018 teve 184 casos. Desses, 5 positivaram laboratorialmente para influenza A(H1N1) e 9 para influenza A(H3N2).

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