Apesar de Pernambuco ter atingido a meta de vacinação contra a gripe, 56 dos seus 185 municípios continuam sem alcançar o índice de cobertura vacinal indicado pelo Ministério da Saúde. A região com as taxas mais baixas é o Agreste, onde 25 cidades ainda não conseguiram imunizar o público desejado. Na Região Metropolitana do Recife, Itamaracá, quarta cidade com pior índice no Estado, e Itapissuma também não atingiram a meta, que é vacinar 90% do grupo prioritário.
As cidades com as piores taxas são Cachoeirinha (70,42%), Bom Conselho (71,17%) e Toritama (71,97), ambas no Agreste. A segunda região com mais municípios sem atingir a meta é o Sertão, com 15 cidades abaixo dos 90%. Em seguida, estão a Zona da Mata, com 14 cidades e a RMR, com duas. Se enquadram no grupo público-prioritário crianças de seis meses a menores de seis anos, idosos, gestantes, indígenas, professores, profissionais de saúde, funcionários de unidades prisionais, pessoas privadas de liberdade, membros ativos das Forças Armadas e pessoas com doenças crônicas.
Esta sexta-feira (31) seria o último dia da campanha de vacinação, mas o prazo foi prorrogado para que mais pessoas sejam vacinadas. A recomendação do Ministério da Saúde (MS) é que, a partir desta segunda-feira (3), as doses restantes sejam liberadas para a população em geral, diferente do que acontece durante a campanha. O esquema foi apoiado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), mas fica a cargo de cada cidade definir sua estratégia de imunização. No Recife, por exemplo, a vacinação continua com foco nos prioritários. A capital pernambucana foi a primeira do Nordeste a atingir a meta e já vacinou mais de 420 mil pessoas.
“A imunização é de extrema importância porque estes possuem maior predisposição para tipos mais graves de gripe, como a síndrome respiratória aguda grave, que pode levar à morte. No Recife, dois grupos dentro dos prioritários ainda precisam atingir a meta, por isso os esforços continuam focados neles”, explica a diretora-executiva de Atenção Básica do Recife, Sofia Costa. Posteriormente, a Secretaria de Saúde do Recife analisará a possibilidade de liberar as vacinas para o restante da população mediante envio de novos frascos pelo MS. Crianças e pessoas com doenças crônicas ainda estão abaixo do percentual mínimo, registrando 82,14% e 67,51%, respectivamente.
A contadora Edyanne Pereira, de 34 anos, toma a vacina todos os anos desde 2014. Por ter diabetes, ela se enquadra no grupo de doenças crônicas. “A gente sempre vê na mídia casos de pessoas que faleceram por causa do vírus da gripe e a vacina é uma forma rápida e eficaz de prevenção que não custa nada. Acho muito importante”, diz.
Até a tarde de ontem, Pernambuco havia vacinado 90,10% do público prioritário, restando ainda 261 mil pernambucanos receberem as doses.