Médico pernambucano que mora na China crê em controle do coronavírus antes de vacina

Luiz Gonzaga Granja Filho está no país asiático há três anos
Thiago Wagner
Publicado em 29/01/2020 às 19:29
Foto: SONNY TUMBELAKA / AFP


Apesar do constante aumento de casos do coronavírus no mundo - o número de quadros da doença já chega a 6 mil na China -, o médico pernambucano Luiz Gonzaga Granja Filho acredita que a infecção será controlada em questão de tempo, antes mesmo da descoberta de uma vacina. Segundo o especialista, que é natural de Parnamirim, no Sertão do Estado.

"Estive conversando com chineses e as pessoas aumentam muito. O que me disseram é que está tudo sob controle. As pessoas atenderam às orientações do governo da China sobre os cuidados e estão ficando em casa. Embora em Wuhan (epicentro da doença) a cidade tenha se esvaziado antes do cerceamento dela. A probabilidade é que esse vírus venha a ser revolvido em semanas. Você fazendo o isolamento adequado, o vírus deixa de existir por si só. A história natural da infecção vai se resolver com as medidas sanitárias do governo chines", disse o médico.

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Gonzaga inclusive está planejando voltar à China em breve. Até agora não voltou por opção. "Não fui impedido de viajar. Eu que decidi ficar", afirmou.

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Turistas chineses em Dempassar, na Indonésia - SONNY TUMBELAKA / AFP
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Pedestres usam máscaras durante feriado do Ano Novo Chinês, em Hong Kong - ANTHONY WALLACE / AFP
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Turistas chineses em Dempassar, na Indonésia - SONNY TUMBELAKA / AFP
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Casal usando máscaras no metrô de Hong Kong, na China - Anthony WALLACE / AFP
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Passageiros usando máscaras aguardam por trem na plataforma em Hong Kong - Anthony WALLACE / AFP
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Passageiros usando máscaras viajam em trem durante feriado de Ano Novo Chinês - Anthony WALLACE / AFP
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Homem usando máscaras sentado em um banco enquanto aguarda por trem - Anthony WALLACE / AFP
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Turista chinês usa máscara para se proteger do coronavírus em Dempanssar, na Indonésia - SONNY TUMBELAKA / AFP
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Passageiros usando máscaras aguardam por trem na plataforma em Hong Kong - Anthony WALLACE / AFP

 

O medico, contudo, pontuou que a manutenção das medidas sanitárias da China e da Organização Mundial de Saúde (OMS) são fundamentais para o isolamento do vírus. Ele também pontua que é provável que a vacina para o coronavírus chegue quando a doença já estiver controlada. "As ações do governo chines e da OMS são medidas que resolvem um problema dessa natureza. Se não existissem essas medidas, em três meses estaria todo o mundo contaminado. Acredito que as vacinas não serão necessárias com o tempo", declarou.

Luiz Gonzaga Granja Filho é mestre pela Universidade Federal de Pernambuco e doutor em medicina pela Universidade Federal do Paraná, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Cardiovascular e Torácica.

CORONAVÍRUS NO BRASIL

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 29, a existência de nove casos suspeitos de infecção pelo coronavírus no Brasil, mas sem confirmação de nenhum deles. Os dados foram atualizados nesta quarta-feira pela pasta. Segundo o ministério, diariamente, haverá um boletim de atualização divulgado às 16h.

Além dos casos já divulgados em Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), estão sendo investigadas suspeitas no Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Santa Catarina.

No total, a pasta foi notificada de 33 casos. Mas apenas pacientes que apresentam sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar e têm histórico de viagem para a China nos últimos 14 dias, mesmo antes de apresentarem os possíveis sinais de infecção, são considerados suspeitos.

Os pacientes que estão sob investigação estão sendo monitorados e ficarão isolados até a divulgação do resultado dos exames. Outros quatro 4 casos foram descartados pelo governo.

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