Selton Mello fala sobre o desafio de dirigir e atuar em O palhaço

O filme entra em cartaz a partir desta sexta-feira, no Recife
Ernesto Barros
Publicado em 28/10/2011 às 6:00
O filme entra em cartaz a partir desta sexta-feira, no Recife Foto: Imagem Filmes/Divulgação


Ator consagrado no cinema e na TV, Selton Mello já realizou dois filmes como diretor. O palhaço, o segundo longa, estreia no Recife, nesta sexta-feira (28/10), depois de uma vitoriosa carreira no Paulínia Festival de Cinema. Em julho, o filme ganhou quatro troféus Menina de Ouro, entre eles o de direção, pela segunda vez, repetindo o feito de Feliz Natal, premiado na primeira edição do festival, em 2008. A pré-estreia, na semana passada, lotou o Cinema São Luiz. O vasto público ficou maravilhado com o poético filme de Selton, que conta a história de um jovem palhaço em crise de identidade que perde a graça de viver e divertir as pessoas. Nesta entrevista, o ator e diretor fala sobre a gênese de O palhaço, relações familiares e como se comporta nas filmagens, entre outros assuntos.

JC – Em que a pesquisa acadêmica sobre o universo do circo, publicada em livro e que aparece nos créditos do filme, lhe ajudou no processo de criação de O palhaço?
SELTON MELLO
– Tive o apoio fundamental da pesquisadora Alessandra Brantes, ex-artista de circo, que me forneceu amplo material. Ficamos debruçados sobre livros e teses por um ano. Nesse período entrevistei palhaços de varias regiões do País e alguns estrangeiros. O próximo passo foi ordenar o roteiro com nossas ideias, deixando que as referências servissem como um norte, mas sem nos engessar.

JC – Você conheceu algum palhaço para se inspirar na criação de Benjamim, o personagem que você interpreta no filme?
SELTON
– Para criar o Benjamin contei com a ajuda do palhaço Kuxixo, que me ensinou gags físicas e a linguagem do picadeiro. Benjamin ficou tão bem estruturado e interiorizado, que na hora de rodar, era só colocar e roupa e fazer. O nome do personagem é uma homenagem a Benjamin de Oliveira, grande figura do circo brasileiro. Assim como Valdemar, o personagem de Paulo José, que é um tributo a Valdemar Seyssel, o Arrelia.

JC – Como em Feliz Natal, seu primeiro longa, as relações familiares também estão muito presentes em O Palhaço. Este é um tema importante para você?
SELTON
– Sem dúvida, a família é o centro de minha estrutura emocional e isso acaba sendo refletido em meus trabalhos.

Leia a entrevista completa na edição desta sexta-feira (28/10) no Caderno C, do Jornal do Commercio

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