Jude Law é o astro de A recompensa (Dom Hemingway, GBR, 2013), longa-metragem fora dos padrões de Hollywood que estreia hoje nos cinemas do Recife. Os fãs do galã inglês, contudo, preparem-se: como manda o protagonista do filme, ele se apresenta na tela bem diferente de seus personagens usuais - irascível, demente, vil, inconsequente e, até certo ponto, ingênuo.
Há anos, ou décadas, talvez só na imaginação, ou nos casos de exceção mais cruéis, fosse possível imaginar um personagem como Dom Hemingway. Contudo, hoje, o leitor mais atento, que acompanha todo o noticiário do dia a dia e vê o que tem acontecido no Brasil e no mundo, talvez não se surpreenda mais com tal caracterização.
Dom, apesar do nome, exercia um cargo que na máfia italiana que se equivaleria mais a um capo, um homem de confiança capaz de comprometer inclusive sua vida pessoal para preservar a reputação seu padrinho. Exercia, porque o filme começa quando ele recebe a notícia de que deixará a penitenciária, após 12 anos de detenção. Tudo para não delatar seu chefe, o milionário sr. Fontaine (papel do mexicano Demian Bichir).
Ao longo desse tempo, o espectador vai descobrindo aos poucos, que Dom abandonou a família: a filha, ainda criança, e a esposa, que se uniu a outro homem antes de morrer precocemente vítima de um câncer.
Com competência, Jude Law encarna bem esse tipo execrável, fruto do roteiro original do também diretor americano Richard Shepard, um cineasta de títulos originais que permeiam o chamado grande cinema, porém, que possuem sempre um viés curiosos e merecem uma revisitação.
Leia a crítica completa na edição desta quinta-feira (15/5) do Caderno C do Jornal do Commercio