A polêmica paródia da Sony "A Entrevista", sobre um complô fictício para matar o líder norte-coreano Kim Jong-un, arrecadou um milhão de dólares em sua estreia limitada nos Estados Unidos no Dia de Natal, informou nesta sexta-feira a empresa cinematográfica.
"A estreia limitada (do filme), em menos de 10% dos cinemas onde originalmente seria exibido, conseguiu esgotar os ingressos (em várias salas) e arrecadar cerca de um milhão de dólares", disse, em um comunicado, o presidente da distribuição internacional da companhia, Rory Bruer.
Mais de 200 salas colocaram o longa em cartaz, contra as 2.000 e 3.000 inicialmente previstas.
"O público reagiu de forma fantástica", acrescentou Bruer.
"Considerando que as circunstâncias foram um desafio incrível, estamos extremamente agradecidos às pessoas de todo o país que foram ver 'A Entrevista' em sua estreia pouco convencional", prosseguiu.
O resultado alcançado pelo filme é sólido, disse à AFP Jeff Bock, analista da empresa especializada em arrecadação, Exhibitor Relations.
"É preciso levar em conta que a maioria dos cinemas são de tela pequena, com menos capacidade que as redes que decidiram não exibir o filme", afirmou Bock, em alusão aos cinemas que se recusaram a exibir o filme devido a ameaças de hackers.
A Sony não informou quanto o filme arrecadou no YouTube, Google Play, no console Xbox e no site www.seetheinterview.com, que a disponibilizaram para locação ou compra um dia antes da estreia oficial.
Estas cifras serão "as mais interessantes", antecipou o especialista da Exhibitor Relations.
Os serviços online do console PlayStation, da Sony, e do Xbox, da Microsoft, pararam de funcionar devido a um ataque reivindicado por hackers, embora por enquanto não haja informações que possam vincular a falha à estreia de "A Entrevista".
Um grupo de "hackers" pirateou a base de dados da Sony Pictures no fim de novembro e reivindicou aos estúdios Sony Pictures que cancelasse a exibição da paródia.