Cronista e roteirista, Gregório Duvivier tem externado sua opinião e se envolvido em muitas polêmicas. Por uma vez ele está adorando ser só ator em Porta Dos Fundos - Contrato Vitalício, que estreia em centenas de salas do País.
Como está sendo essa experiência de ser só ator?
Não foi moleza, não. Sempre é preciso se preparar, mas eu gostei de me concentrar nisso, sem me preocupar com o resto. Adoro escrever, mas acho que gosto mais ainda de interpretar.
Você se inspirou em alguém para seu diretor dentro do filme?
Todo diretor é um megalomaníaco, criando um mundo, comandando uma equipe, tanto faz que seja um blockbuster ou um filme de baixo orçamento. Gosto de brincar com o Matheus Souza (diretor de Apenas o Fim), dizendo que ele é nosso megalô do B.O., mas me inspirei, a barba, os óculos, no (Francis Ford) Coppola. Gosto muito daquele documentário sobre Apocalypse Now, que mostra como ele enlouqueceu no set. Terminou servindo como uma inspiração para mim.
Você trabalha muito com a política em suas crônicas, mas o filme é mais sobre a cultura das celebridades. Como você está vendo o Brasil?
Cara, eu acho que o Brasil está muito dividido pela política e acho legal que o filme não entre nessa radicalização. Já quando escrevo, sou eu. É a minha opinião. Se tiver de dividir, que divida. E o que eu acho é que esse governo (de Michel Temer) não tem legitimidade. Ele foi eleito como vice, não para impor um programa econômico que não foi avalizado nas urnas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.