Rodrigo Bocardi é 'perdoado' na Globo por acusação de racismo, diz site

A TV Globo encerrou todas as discussões nos corredores sobre a acusação de racismo envolvendo o apresentador Rodrigo Bocardi que ganhou as redes sociais na última sexta-feira (7). Ao apresentar o Bom Dia São Paulo naquele dia, o âncora confundiu o jovem nadador Leonel, que treina pólo aquático em um clube de São Paulo - e negro - com um "apanhador de bolas" devido à sua camisa ser "semelhante a uma farda" do mesmo local, onde o jornalista também pratica tênis.

>> 'Alguém como eu não pode ter preconceito', diz Rodrigo Bocardi

Segundo informações do portal Observatório da Televisão, nos últimos dias, duas reuniões aconteceram na sede da emissora na capital paulista sobre o assunto. Mas a Globo decidiu dar apoio à Bocardi e a produção do telejornal paulista.

Ainda segundo o site, Rodrigo Bocardi conversou nesta terça-feira (11) com a diretora de Jornalismo da Globo em São Paulo, Cristina Piasentini. No papo, Cristiana explicou que a Globo entendeu que o jornalista foi mal interpretado e que não teve maldade nem racismo ao dizer que achava o jogador de polo do Clube Pinheiros um funcionário normal do clube.

O portal Observatório da Televisão ainda afirmou que a mesma executiva da Globo pediu que o apresentador sempre pensasse no que for falar no ar, já que seu telejornal é líder de audiência na Grande São Paulo e tem grande visibilidade. E na mesma sexta-feira (7), dia do ocorrido, Bocardi falou com Anna Escalada, chefe de redação, e com Márcia Correia, editora-chefe do Bom Dia São Paulo. Elas também ressaltaram o apoio a equipe e deu como encerrada a questão internamente.

Também foi no mesmo dia do ocorrido que Rodrigo Bocardi foi às suas redes sociais pedir desculpas publicamente para o jovem Leonel e "a quem se sentiu ofendido" com o episódio. O jornalista reforçou que não praticou nenhum racismo com o rapaz durante o Bom Dia São Paulo.

Oficialmente, a TV Globo ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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Recuperei um trecho do #BDSP de uma outra sexta-feira, de um ano atrás, do dia 22/02/2019. E aproveito para fazer o esclarecimento abaixo: Muito triste a acusação de preconceito. Eu pratico tênis no Clube Pinheiros. Os jogadores de tênis não usam uniformes, mas os pegadores/rebatedores, sim: uma camiseta igual a do Leonel, com quem tive o prazer de conversar hoje. Ao vê-lo com a camiseta que vejo sempre, todos os dias, pegadores/rebatedores de todas as cores de pele, pensei que fosse um deles. Não frequento outras áreas do clube onde outros esportes são praticados. E não sabia que a camiseta era parecida. Se soubesse, teria perguntado em qual área ou esporte trabalhava ou treinava. Nunca escondi minha origem humilde. Comecei a vida como garoto pobre, contínuo, andando mais de duas horas de ônibus todos os dias para ir e voltar do trabalho e escola. Alguém como eu não pode ter preconceito. Eu não tenho, nunca tive, nunca terei. E condeno atitude assim todos os dias. Mas se ofendi pessoas que não conhecem esses meus argumentos e a minha história, peço desculpas. Não o chamei de pegador pela cor da pele ou pela presença num trem. Chamei-o por ver que vestia o uniforme que eu sempre vejo os pegadores usarem. Peço desculpas a todos e em especial ao Leonel. Obrigado.

Uma publicação compartilhada por Rodrigo Bocardi (@rodrigobocardi) em 7 de Fev, 2020 às 6:28 PST